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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Presidente do iFood deixa cargo para comandar grupo holandês de tecnologia Prosus

Fabricio Bloisi, fundador da Movile e que se tornou presidente do iFood em 2019, foi nomeado para assumir a presidência da Prosus e Naspers no mundo.

O investidor holandês em tecnologia Prosus e seu grupo controlador sul-africano Naspers nomearam nesta sexta-feira, 17, Bloisi como seu novo presidente-executivo, em substituição ao veterano Bob van Dijk, que deixou o cargo em setembro passado. As empresas, cujo principal ativo é a participação de 26% da Prosus na gigante chinesa de tecnologia Tencent, disseram que Bloisi assumirá o cargo em 1º de julho.

“Ele (Bloisi) tem uma combinação de visão, profunda experiência operacional e forte disciplina. É esse conjunto de habilidades que o conselho acredita que o torna a pessoa certa para nos liderar agora”, disse o presidente da Prosus e da Naspers, Koos Bekker, em comunicado.

O iFood é controlado pela holding de tecnologia Movile, cofundada por Bloisi e controlada pela Naspers. “Uma empresa como a Prosus deve desempenhar um papel importante na identificação de novas tecnologias, como a IA, que impactam o mundo e, especificamente, os mercados emergentes”, disse Bloisi.

O presidente-executivo interino Ervin Tu foi nomeado presidente e diretor de investimentos enquanto Bloisi assumirá o comando.

“Será a primeira vez que um executivo de uma empresa brasileira de tecnologia assume a operação de um gigante global saindo diretamente do Brasil”, destacou o iFood, em nota.

Bloisi seguirá como presidente do Conselho do iFood e acionista da empresa, que passa a ter Diego Barreto como presidente executivo. Diego chegou ao Grupo Movile em 2016 e passou a atuar no iFood em 2018, quando assumiu como CFO e vice-presidente de Estratégia.

Reação do mercado

As ações da Prosus e da Naspers exibiam queda de mais de 3% às 8h14 (horário de Brasília).

Analistas da Jefferies disseram que é improvável que as habilidades de Bloisi como proprietário-operador sejam totalmente utilizadas no comando da Prosus, uma vez que os investimentos em empresas de capital aberto e fechado têm seus próprios operadores.

“Teríamos preferido um alocador de capital com um histórico de experiência em mercados de empresas abertas ou privadas no comando da Prosus”, disseram eles.

Fonte: Reuters