Economia
Quarta-feira, 24 de julho de 2024

Seis ações para ficar de olho na temporada de balanços brasileira

Mesmo com Ibovespa em queda em 2024, a perspectiva do Itaú BBA é positiva, com foco em histórias ‘micro’

Em relatório, o Itaú BBA BBA apontou seis nomes que podem se destacar com uma boa perspectiva nos resultados, que pode aparecer no quarto trimestre de 2023. São elas: Equatorial (EQLT3), Vivara (VIVA3), Eletrobras (ELET3), Nubank (ROXO34), Santos Brasil (STBP3) e 3Tentos (TTEN3).

Na avaliação dos estrategistas do banco, Equatorial e Vivara são ações que estão entre as principais escolhas temáticas, representando bond proxies (ações com comportamento parecidos a títulos) com TIRs (taxa interna de retorno) de dois dígitos (EQTL3) e cíclicos de qualidade (VIVA3).

Os estrategistas citam os seguintes pontos para a sua análise: equilíbrio entre crescimento, revisões e aceleração de lucros motivam as recomendações. Com lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de dois dígitos, revisão positiva de EPS e aceleração em relação ao terceiro trimestre de 2023, as projeções parecem ser positivas para as ações brasileiras.

Em relação aos setores que estão recomendados como overweight (exposição acima da média, similar à compra) estão utilities (serviços públicos), bancos e construtoras. Ainda que setores como siderurgia e mineração tenham apresentado classificação mais alta no indicador utilizado pelo banco, as áreas são impulsionadas por aceleração e revisões, sem apresentar equilíbrio entre os três pilares analisados.

Nas contas do BBA, o Brasil aparece, em média, muito bem, com avanço de 10% no EPS no consenso do Ibovespa e 14% nas estimativas do banco. O mercado doméstico também demonstra crescimento de 3% em revisões positivas e aceleração ao relação ao ano anterior, desde o trimestre passado. A análise contrasta com o momento atual do Ibovespa, que amarga queda de 5,95% em 2024.

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“Desde o início do ano, observamos uma mudança significativa no humor nos mercados de ações de mercados emergentes, com as ações brasileiras passando de uma alta de quase 20% desde o final de outubro para uma queda de 5% nas primeiras três semanas do mês. Essa queda foi em grande parte impulsionada pela volatilidade nas taxas de juros globais, especialmente nas taxas do tesouro dos EUA, apesar do S&P 500 atingir máximas históricas”, ressalta o banco.

Ainda assim, a tese para defesa do portfólio tem sido o foco em histórias do lado micro enquanto não há um catalisador macro mais positivo a curto prazo.

Fonte: InfoMoney