Economia
Quinta-feira, 25 de julho de 2024

Reforma tributária é nota 6,3, segundo a média de 14 especialistas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu uma nota de 7,5 à reforma tributária aprovada pelo Senado Federal na noite de quarta-feira (9/11). No entanto, a média da avaliação de 14 especialistas, incluindo economistas e advogados tributaristas, aponta para uma nota média de 6,3. A reforma agora retorna para avaliação na Câmara dos Deputados. Abaixo, estão as notas e comentários de cada especialista, organizados de menor para maior:

  1. Alexandre Schwartsman – 5
    • Schwartsman, economista e ex-diretor do Banco Central, avalia a reforma com uma nota de 5, citando algumas qualidades, como a mudança da origem para o destino na cobrança de impostos, mas aponta exceções excessivas e uma transição longa.
  2. Maria Carolina Gontijo – 5
    • Conhecida como a “Duquesa de Tax” nas redes sociais, a advogada tributarista Maria Carolina Gontijo dá uma nota de 5, afirmando que a reforma perde a oportunidade de ser moderna devido às muitas exceções presentes na versão atual.
  3. Márcio Holland – 6
    • O economista Márcio Holland, professor da FGV EESP, destaca como ponto positivo a criação de um IVA nacional e subnacional na mesma legislação, mas critica o elevado número de exceções que tornam a reforma menos atraente.
  4. Sergio Vale – 6
    • Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, classifica a versão atual como frustrante em comparação com as expectativas geradas pela PEC 45, mencionando o risco de ampliação das exceções ao longo do tempo.
  5. Zeina Latif – 6
    • Zeina Latif, economista e ex-secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, dá uma nota 6, considerando a reforma razoável em relação à proposta ideal, mas destaca que, dadas as circunstâncias políticas, é um avanço.
  6. Silvia Matos – 6,5
    • A economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre, vê a reforma como um grande avanço, mas aponta que a inclusão de novas exceções e concessões tornará o sistema mais complexo do que o proposto inicialmente.
  7. Maílson da Nóbrega – 7
    • Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, atribui uma nota de 7 destacando a simplificação e avanços que aumentarão a produtividade, mas critica as muitas exceções que beneficiarão os mais ricos.
  8. Marcos Mendes – 7
    • Marcos Mendes, pesquisador do Insper, menciona que a reforma manteve a estrutura geral do modelo IVA, mas critica os tratamentos especiais desnecessários, cujos impactos na economia só serão conhecidos após a aprovação da legislação complementar.
  9. Mauro Rochlin – 7
    • O economista Mauro Rochlin, professor de MBAs da FGV, destaca que as exceções à alíquota cheia tornaram a nova estrutura tributária onerosa, criticando o custo da mudança devido a concessões a lobbies setoriais.
  10. Paulo Gala – 7
    • Paulo Gala, professor de economia na FGV, dá nota 7 destacando a mudança para a mecânica de valor adicionado e a cobrança no destino, simplificando o sistema, mas critica o grande número de exceções.
  11. Roberto Luis Troster – 7
    • Roberto Luis Troster, especialista em questões financeiras, vê a reforma como um avanço, embora abaixo do seu potencial, beneficiando alguns setores em detrimento do resto da sociedade.
  12. Eduardo Fleury – 7,5
    • O economista e advogado Eduardo Fleury, consultor do Banco Mundial, considera a reforma tributária aprovada no Senado como 7,5, destacando que, comparativamente a outros países, o Brasil está em uma posição melhor.
  13. Bruno Checchia – 8
    • Bruno Checchia, advogado tributarista, atribui uma nota elevada de 8, enfatizando a mudança para o IVA, a desoneração de bens de capital e a atenção à sustentabilidade como pontos positivos, mas critica a criação da nova CIDE e a ampliação do Imposto Seletivo.
  14. André Braz – 10
    • André Braz, coordenador do IPC da FGV IBRE, dá a nota mais alta, 10, elogiando a coragem de avançar com o tema, tornando o sistema tributário mais claro e eficiente, estimulando a atividade econômica e atraindo novos investimentos.

Essas avaliações refletem a diversidade de opiniões sobre a reforma tributária, destacando pontos positivos e críticas de especialistas em diferentes áreas.

Fonte: Metrópoles