Economia
Quinta-feira, 25 de julho de 2024

Indústria está ansiosa pela reforma tributária, diz CNI

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Robson Braga de Andrade, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), expressou grande expectativa em relação à aprovação da reforma tributária pelo Congresso brasileiro. A proposta está programada para ser avaliada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado ainda neste mês.

“Esperamos por mais de três décadas por uma reforma tributária. A tributação no Brasil sempre foi uma questão complexa e difícil de entender”, afirmou durante uma entrevista no programa “Canal Livre” da BandNews TV, realizada no domingo, 1º de outubro.

Para ele, o governo e o Congresso Nacional conseguiram chegar a uma proposta equilibrada. Ele reconhece que setores que não pagavam impostos anteriormente terão que contribuir um pouco mais, mas enfatiza que essa reforma está sendo implementada em benefício do povo brasileiro. Ele também destacou o papel da CNI na construção dessa política tributária adequada ao longo dos anos.

O presidente da CNI acredita que a reforma tributária impulsionará o crescimento econômico, a criação de empregos e atrairá investimentos para o Brasil.

Braga de Andrade também mencionou o Fundo de Desenvolvimento Regional da Reforma Tributária, que visa reduzir as desigualdades regionais e incentivar a permanência de empreendimentos nas regiões menos desenvolvidas, que deixarão de contar com benefícios fiscais dos tributos que serão extintos. Ele elogiou a inovação desse fundo, destacando a ausência de um prazo para o fim dos incentivos, tornando-o inédito no Brasil.

O presidente da CNI identificou três fatores cruciais para atrair mais investidores para o Brasil: acesso a crédito de longo prazo com custos razoáveis, acordos internacionais e investimentos em pesquisa, tecnologia e inovação. Ele observou que o país não está bem em nenhum desses três aspectos e enfatizou a importância do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul para a economia brasileira. Segundo ele, as exigências da UE para a conclusão desse acordo são alinhadas com as demandas do mercado global em relação à sustentabilidade e às mudanças climáticas.

Braga de Andrade também abordou a questão das compras governamentais e argumentou que a discussão sobre isso não faz muito sentido, uma vez que as cidades e estados brasileiros, que não estão no acordo, são os principais responsáveis por compras em grande escala. Ele enfatizou a vantagem mútua do acesso a mercados de compras governamentais da UE e do Brasil como parte desse acordo.

Fonte: BizNews