
A Fórmula, rede com 90 franquias, atua no mercado de produtos manipulados há 35 anos
O mercado de remédios manipulados tem apresentado crescimento significativo no Brasil nos últimos anos, e ainda há espaço para mais expansão. De 2016 a 2021, o setor magistral cresceu 15%, registrando índices positivos em todos os anos. Segundo o último relatório da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), o segmento encerrou 2021 com 8.391 estabelecimentos. Esse número ainda é pequeno se comparado à quantidade de drogarias comerciais, que já supera 90 mil unidades.
Atenta a essa realidade, a drogaria Pague Menos estabeleceu uma parceria com a farmácia de manipulação A Fórmula. A partir deste mês, os clientes que chegam à drogaria com prescrição de produtos industrializados associados a produtos manipulados poderão ser atendidos de forma completa. Essa aliança beneficia a todos: a drogaria passa a oferecer maior conveniência aos clientes, enquanto a farmácia de manipulação amplia sua base de 40 milhões de clientes cadastrados.
A rede A Fórmula, que atua no mercado magistral há 35 anos, manipula diversos produtos, como cremes dermatológicos, chocolates funcionais com fitoterápicos para emagrecimento, balas com vitaminas, sachês pré-treino e, é claro, as tradicionais cápsulas.
Bruno Costa, diretor executivo da Pague Menos, explica que a legislação sanitária já permite que um pediatra prescreva um pirulito para administrar medicamentos em crianças que têm dificuldade em tomar comprimidos. A intenção é democratizar a oferta de produtos personalizados para atender às necessidades individuais dos clientes.
Com a parceria feita com a rede Pague Menos, que se tornou a segunda maior rede do varejo farmacêutico após a aquisição da Extrafarma, chegando a 1,6 mil lojas, a franquia de produtos manipulados espera aumentar sua receita em 15% em 2024.
A história da farmácia A Fórmula começou em Salvador, quando os farmacêuticos Carlos Andrade e Edza Brasil perceberam a falta de estabelecimentos que oferecessem medicamentos personalizados. Em 1988, eles criaram uma farmácia de manipulação com laboratórios visíveis aos clientes. Uma década depois, A Fórmula se tornou uma rede de franquias, e em 2013, passou por uma reestruturação com os fundadores se tornando franqueados. Atualmente, a rede é liderada pelo executivo Paulo Lazera Júnior.
A expansão da franquia ocorreu principalmente no Nordeste, com forte presença na Bahia, onde um terço das operações está concentrado. Atualmente, A Fórmula conta com 90 franquias em 20 estados brasileiros. O investimento inicial para abrir uma franquia é de R$ 550 mil, com um faturamento médio estimado em R$ 120 mil. No último ano, a receita da rede atingiu R$ 170 milhões, com mais de 35 mil médicos atendidos e mais de 2 milhões de formulações realizadas. A expectativa para este ano é alcançar os R$ 200 milhões de faturamento.
A parceria com a Pague Menos e Extrafarma funcionará da seguinte maneira: os farmacêuticos dessas drogarias irão sugerir a compra de itens manipulados através da rede A Fórmula. Os clientes serão direcionados para um atendimento via WhatsApp por meio de um QRCode. Nesse atendimento, os clientes poderão fazer um orçamento do pedido e obter informações sobre a entrega.
Para garantir o bom funcionamento dessa parceria, todos os funcionários da Pague Menos e Extrafarma receberão treinamento adequado para encaminhar corretamente os consumidores que chegam à drogaria com a prescrição de produtos a serem manipulados. O teste da parceria começará em agosto na Bahia e será disponibilizado em todo o Brasil a partir de setembro, visando facilitar a venda de produtos manipulados para os 40 milhões de clientes cadastrados na base da drogaria.
Mesmo que a cidade onde o cliente reside não tenha uma unidade da franquia A Fórmula, a operação da unidade mais próxima será responsável por providenciar o produto e enviá-lo para a residência do cliente. O executivo Bruno Costa enfatiza que, com o tempo, novas oportunidades de franquias baseadas na venda de produtos manipulados serão mapeadas nas drogarias.
Fonte: Exame