Negócios
Terça-feira, 23 de julho de 2024

Stone derrete 26% com saída do CFO e menor lucro por ação

Companhia teve TPV recorde; resultado contábil foi afetado por ações do banco Inter

A Stone conseguiu aumentar o volume transacionado no segundo trimestre e até surpreendeu analistas (e a própria administração) com o ritmo de crescimento da receita, mas a contínua batalha para melhorar a rentabilidade e a saída do CFO acabaram ofuscando a expansão. As ações caem 26% em Nova York, ao menor patamar desde início de maio.

No período, a companhia teve TPV recorde de R$ 90,7 bilhões, acumulando R$ 173,9 bilhões no ano. A receita total ficou em R$ 2,3 bilhões, acima do teto do guidance dado pela empresa, que ia de R$ 2,15 bilhões a R$ 2,2 bilhões.

O lucro líquido ajustado foi de R$ 76,5 milhões, comparado à perda líquida ajustada de R$ 155,5 milhões um ano antes, em bases comparáveis (não ajustada por despesas com bonds) e ao lucro ajustado de R$ 51,7 milhões no primeiro trimestre deste ano.

No resultado contábil, no entanto, o prejuízo foi de R$ 489,3 milhões, ante lucro de R$ 526 milhões no mesmo período do ano passado, devido principalmente à marcação a mercado da posição no Banco Inter – que, no ano passado, tinha puxado o resultado.

A americana Zaks Research ressalta que o lucro por ação ficou em US$ 0,05 (R$ 0,25), abaixo do consenso compilado pela casa de U$ 0,11 e do comparativo de US$ 0,32 há um ano. A Stone destacou que o Ebitda ajustado aumentou 29,4%.

O J.P. Morgan disse em relatório que continua privilegiando Cielo no setor, que surpreendeu positivamente no último balanço. O Morgan Stanley ressaltou que a companhia superou parte das projeções do mercado, mas avalia que pelo passado recente, ainda há o que fazer para retomar a confiança do investidor.

Fonte: Valor Pipeline