No Mundo
Quarta-feira, 26 de novembro de 2025

China lança plano para impulsionar consumo com IA, inovação industrial e frentes de demanda

A China detalhou um amplo plano para impulsionar o consumo, com metas que envolvem desde a modernização da oferta industrial até o estímulo a novos nichos de demanda. O documento, divulgado por diversos ministérios, prevê que até 2030 a “contribuição do consumo para o crescimento econômico aumentará de forma constante”, reforçando a guinada do país para um modelo mais apoiado no mercado interno.

Entre as medidas, o governo quer acelerar a aplicação de tecnologias avançadas em toda a cadeia de bens de consumo, incluindo o uso de inteligência artificial (IA) em produtos e processos. O plano incentiva o desenvolvimento de robôs domésticos, eletrodomésticos inteligentes e terminais baseados em IA, reforçando o objetivo de “promover a aplicação de IA em todo o setor de consumo”.

O estímulo a produtos voltados para públicos específico também é central. O governo promete “fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento de produtos adaptados aos idosos”, como dispositivos de monitoramento e itens de uso diário, além de ampliar a oferta de artigos infantis. Paralelamente, pretende expandir segmentos ligados a consumo por interesse, como produtos para pets, animação, moda e brinquedos.

A estratégia contempla ainda medidas para diversificar e sofisticar a oferta industrial, incluindo a criação de “três setores de consumo de nível trilionário e dez áreas de consumo na casa dos bilhões” até 2027. O governo quer acelerar a inovação em áreas como têxteis modernos, cosméticos, eletrodomésticos, baterias e alimentos, além de estimular manufatura flexível, produção sob demanda e a integração de dados de consumo aos sistemas fabris.

Outro eixo é elevar a qualidade dos bens vendidos no meio rural, com ações de upgrade de eletrodomésticos, equipamentos domésticos e veículos elétricos, além de programas de reciclagem e substituição de produtos antigos. O plano também prevê reforço à infraestrutura comercial e logística em regiões menos urbanizadas e o desenvolvimento de novos formatos de varejo, como plataformas de produtos inovadores, comércio imersivo e modelos de consumo compartilhado.

Fonte: Estadão Conteúdo