
O governo entrou em mais uma semana sem conseguir resolver o problema de caixa deste ano e do próximo, após a derrubada, na Câmara, da medida provisória que poderia render cerca de R$ 35 bilhões em receitas. Nesta terça-feira, 21, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) deverá se reunir com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para negociar com deputados e senadores uma solução para o buraco fiscal causado pela derrubada da MP. Caso não encontre um caminho para cobrir o rombo, o governo pode contingenciar recursos e até cortar emendas parlamentares.
Antes de embarcar para a Malásia, o presidente Lula chamou ao Planalto seus líderes no Congresso e os ministros Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), para tentar colocar de pé um conjunto de propostas a serem priorizadas.
Esse pacote, no entanto, ainda não está fechado e, por isso, o governo pediu mais um adiamento da votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que estava prevista para esta terça na CMO (Comissão Mista de Orçamento).
“A gente tem que ter um diálogo com o Congresso sobre onde vamos encontrar os recursos”, disse o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP). “Se a opção for realmente não ter R$ 35 bilhões, ter esse furo para o orçamento no ano que vem, então tem que ser tomado outro tipo de medida de contingenciamento, de cortes. Emendas, são um desses casos, como eu já disse desde a semana semana passada e como reitero agora”, disse o líder, após a reunião.
Fonte: PlatôBr