
O Jockey Club de São Paulo voltou a despertar a atenção de incorporadoras, construtoras e fundos imobiliários interessados no seu terreno de mais de 600 mil metros quadrados. O interesse pela área é antigo, mas foi reacendido semana passada depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo deu início ao julgamento de um pedido de recuperação judicial feito pela gestão do hipódromo, que opera em um modelo associativo, como o de um clube social.
Como o Jockey está atolado em dívidas, uma recuperação judicial abriria espaço para os terrenos serem vendidos sem que os compradores herdem também os passivos. A intenção da gestão, porém, não é se desfazer de tudo, até porque os sócios ainda querem preservar as edificações tombadas e alguma pista para que as corridas continuem, uma fonte disse ao Metro Quadrado.
O Prefeito Ricardo Nunes já afirmou que irá à Justiça cobrar os débitos. Porém, nos bastidores, há quem diga que a Prefeitura também é favorável à recuperação judicial, “abrindo mão” dos valores devidos diante do potencial de arrecadação com empreendimentos imobiliários.
Mas é possível que nada disso ocorra porque a lei que regula os processos de recuperação judicial prevê que entidades e outros órgãos de economia mista não são elegíveis ao mecanismo legal da RJ.
Fonte: MetroQuadrado