Economia
Terça-feira, 15 de abril de 2025

Com regra nova, salário mínimo em 2026 deve ser de R$ 1.636,40 e dar economia de R$ 5,5 bi

Com a regra que limita o reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação em vigor, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do ano passado, em 2026, o salário mínimo deve ser reajustado para R$ 1.636,40, segundo cálculos do economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto.

Para o levantamento, Salto considerou um Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é o índice oficial usado para o reajuste do salário mínimo, de 5,3% no acumulado em 12 meses até novembro, e uma variação real de 2,5%.

O governo Lula deve enviar nesta terça-feira, 15, ao Congresso Nacional a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2026, na qual constará a proposta oficial para o valor do piso nacional no ano que vem.

Pela regra sancionada por Lula, que vale entre 2025 e 2030, o limite de reajuste do salário mínimo é de 2,5% acima da inflação. Com isso, para 2026, o ganho fiscal nas contas públicas considerando o reajuste mais baixo com a nova regra é de R$ 5,5 bilhões.

Até 2024, o reajuste era calculado pela inflação dos últimos 12 meses e pela variação real de acordo com o PIB defasado em dois anos. Caso essa ainda fosse a regra, a taxa real de reajuste seria  3,4% – e não os 2,5% atuais. Pelos cálculos da Warren, para uma mesma inflação projetada até novembro em 12 meses, de 5,3%, a diferença é de R$ 13,66 a menos no salário mínimo de 2026.

Nova regra

A nova regra de reajuste sancionada em dezembro de 2024 teve como objetivo adequar o crescimento do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Dessa forma, o salário mínimo crescerá de 0,6% a 2,5% ao ano acima da inflação.

Aprovada pelo Congresso no último dia do ano legislativo, a lei do salário mínimo deverá gerar economia de R$ 15,3 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, cada R$ 1 de aumento do salário mínimo eleva os gastos em R$ 392 milhões, principalmente por causa da Previdência Social e dos benefícios vinculados ao mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Fonte: IstoéDinheiro