No Mundo
Quinta-feira, 4 de julho de 2024

Pesquisa aponta que ultradireita na França não deve ganhar maioria no 2° turno

Partido de Le Pen, no entanto, deve alcançar mais assentos do que qualquer outra legenda

Uma nova pesquisa apontou nesta quinta-feira (4) que o partido francês de ultradireita Reunião Nacional pode ficar sem a maioria absoluta dos assentos na Assembleia Nacional, nas eleições do próximo domingo (7).

Os dados sugerem que os esforços dos partidos tradicionais para barrar o crescimento da ultradireita na França podem estar funcionando.

Foi a segunda pesquisa nesta semana que mostrou o Reunião Nacional de Marine Le Pen ganhando mais assentos do que qualquer outro partido, mas também não atingindo a maioria necessária de 289 cadeiras.

Desde o primeiro turno das eleições, no último domingo (30), mais de 200 candidatos desistiram da corrida para o segundo turno, formando uma “frente republicana” contra os políticos de ultradireita.

Enquanto isso, o capitão da seleção francesa de futebol, Kylian Mbappe, pediu aos eleitores que votassem depois do que ele chamou de uma primeira rodada “catastrófica” que viu o Reunião Nacional tomar o primeiro lugar no último domingo.

“Acho que mais do que nunca temos que ir votar, é realmente urgente. Não podemos deixar nosso país nas mãos dessas pessoas, é realmente urgente”, disse ele, no que parecia ser uma clara referência ao partido de Le Pen.

A pesquisa da IFOP para LCI e Le Figaro mostrou o Reunião Nacional ganhando 210 a 240 assentos, abaixo de 240-270 antes das retiradas.

A Nova Frente Popular de esquerda foi vista em segundo lugar, com 170 a 200 assentos, à frente do grupo centrista do presidente Emmanuel Macron, Together, com 95 a 125 assentos. Os republicanos conservadores devem ganhar 25 a 45 assentos.

Na quarta-feira (3), uma pesquisa da Harris Interactive previu 190 a 220 assentos para o Reunião Nacional.

Le Pen e o chefe do partido, Jordan Bardella, criticaram repetidamente a “frente republicana”, dizendo que mostrou desdém por seus eleitores.

Fonte: CNN