Agronegócio
Domingo, 28 de abril de 2024

Abate bovino cresce 13,7% e garante oferta abundante para os frigoríficos

Indústrias abateram pouco mais de 34 milhões de cabeças em 2023, segundo maior volume da história e o mais elevado em uma década

O abate de bovinos no Brasil cresceu 13,7% e alcançou 34,06 milhões de cabeças em 2023. Esse foi o maior volume de abate anual em uma década e o segundo maior já registrado no país, conforme dados divulgados pelo IBGE.

Os números refletem a tendência de aumento da oferta de animais aos frigoríficos, identificada desde 2022, e a consequente desvalorização dos preços pagos aos pecuaristas. Dados do Cepea revelam que o valor médio da arroba recuou quase 20% em 2023.

Nesse contexto, o descarte de fêmeas segue em trajetória ascendente, sinalizando que a retenção de matrizes e uma consequente retração na oferta para abate ainda não começou. Segundo o IBGE, o número de fêmeas abatidas em 2023 apresentou um crescimento de 26,6%.

O Estado de Mato Grosso segue como líder do ranking nacional de abates. No ano passado, os frigoríficos mato-grossenses abateram 17,4% do total de animais. Em segundo lugar aparece Goiás, com 10,4%, e fechando o pódio vem São Paulo, com 10,1%.

Abate recorde de frangos

O abate de frangos alcançou no ano passado a marca de 6,28 bilhões de aves. O crescimento de 2,8% sobre o resultado do ano anterior, o novo número representa o maior abate de frangos da história do Brasil.

No topo da produção de frango nacional aparece o Paraná. O Estado abateu uma em cada três aves no ano passado, ficando com uma fatia de 34,3%. Na sequência aparecem Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com uma participação de 13,4% e 12,5%, respectivamente.

Recorde também nos suínos

Em 2023, foram abatidos 57,17 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 1,3% em relação a 2022 e um novo recorde da série histórica do IBGE. Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2023, com 29,5% do abate nacional, seguido por Paraná (21,2%) e Rio Grande do Sul (17,0%).

Fonte: InfoMoney