Economia
Terça-feira, 23 de julho de 2024

Bitcoin rompe barreira dos US$ 65 mil e se aproxima de máxima histórica

Os traders estão apostando que a cripto ultrapassará em breve seu recorde de US$ 69 mil, alcançado no final de 2021

Poucos obstáculos parecem estar no caminho da atual recuperação do Bitcoin (BTC). A maior criptomoeda do mercado subiu pelo segundo dia consecutivo e aproximou-se de sua máxima histórica, impulsionada pela demanda pelos ETFs (fundos de índice) à vista dos Estados Unidos.

O ativo digital opera em alta de +5,80% na manhã desta segunda-feira (4), a US$ 65.332, o melhor preço desde novembro de 2021. Na semana, o BTC acumula ganhos de +28%. No mês, a cripto entrega valorização de +52%. Nos últimos 12 meses, o BTC saltou 185%.

No centro desse frenesi pela moeda digital está a alta demanda pelos ETFs spot de Bitcoin dos EUA, que começaram a ser negociados em 11 de janeiro.

Entradas líquidas de US$ 7,35 bilhões foram registradas desde a estreia dos produtos, incluindo da BlackRock, que na semana passada lançou seu ETF no Brasil por meio de um BDR na B3. Mesmo as saídas descomunais do ETF da gestora de ativos digitais Grasycale – quase US$ 9 bilhões – não influenciaram os traders.

“O esperado hoje é mais um fluxo extremamente positivo via ETFs, e isso pode sim cada vez mais jogar o Bitcoin próximo do seu recorde histórico (de US$ 69 mil, alcançado em novembro de 2021)”, disse André Franco, head de research do MB.

Os analistas apostam que o preço ultrapassará em breve sua máxima de preço não somente por causa da forte demanda dos ETFs, mas também devido ao halving do Bitcoin, atualização que corta pela metade a emissão da cripto.

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Após o halving, previsto para abril deste ano, o crescimento da oferta da moeda vai diminuir de cerca de 900 unidades por dia para 450, aumentando a pressão sobre a demanda.

A negociação de derivativos criptos, que reflete as posições dos traders, também sinalizou uma perspectiva otimista. Os contratos em aberto no mercado futuro de Bitcoin e Ethereum (ETH) do CME Group, com sede em Chicago, estão a apenas 1,8% de seus respectivos recordes de preços.

O aumento no número de contratos pendentes é um sinal de maior interesse na exposição e cobertura relacionadas com criptomoedas entre as instituições dos EUA.

“As máximas históricas do Bitcoin devem ser testadas no curto prazo, com o importante nível de US$ 70 mil fornecendo forte resistência”, disse Caroline Mauron, cofundadora do provedor de liquidez de derivativos de ativos digitais Orbit Markets, para a Bloomberg.

Altcoins

As altcoins (termo usado para identificar qualquer cripto diferente do BTC) também sobem nesta manhã. XRP (XRP) avança +3,70%, Ether sobe +3,50% e Solana (SOL) entrega ganhos de +3,40%

Entre as criptos com baixa capitalização, o destaque do dia é o grupo das memecoins, aqueles tokens baseados em meme. Bonk (BONK) decola +45,30%, Pepe (PEPE) dispara +42,90% e a memecoin precursora Dogecoin (DOGE) sobe +21%.

“Esta é uma situação que lembra o bull market (período de alta) de 2021, com os traders de varejo procurando obter lucros rápidos com o aumento dos preços de tokens muito voláteis”, disse Caroline, da Orbit Markets.

Fonte: InfoMoney