Negócios
Quinta-feira, 2 de maio de 2024

Mercadinhos autônomos: como o retorno ao escritório tem transformado esse negócio de R$ 170 milhões

O retorno das empresas e de seus funcionários aos escritórios está evidenciado pelo congestionamento de carros nas principais avenidas das grandes cidades brasileiras, bem como pelo aumento do tráfego de bicicletas na Faria Lima, o renomado distrito financeiro do país.

Outra face desse retorno é a transformação nos negócios de algumas empresas, como a Market4u, uma rede de franquias de mercados autônomos sediada em Curitiba. Operando no modelo honest market, a empresa utiliza tecnologia de visão computacional para identificar clientes e monitorar comportamentos suspeitos, eliminando a necessidade de atendentes. A inadimplência é mantida em torno de 2,5%.

Com 2.100 unidades em operação em 20 estados brasileiros, a Market4u registra mais de 17.000 produtos em seu sistema. Ao longo do tempo, a variedade de produtos nas lojas evoluiu, incluindo sanduíches naturais, água com gás, sucos e snacks.

Fundada em 2019, a empresa inicialmente atendia condomínios residenciais durante os desafios da pandemia. Com a retomada em 2023, a Market4u passou a atender também à crescente demanda nos escritórios, representando atualmente 10% de sua receita.

Eduardo Córdova, sócio-fundador da Market4u, projeta um aumento significativo nesse segmento nos próximos anos, visando uma diminuição na dependência dos prédios residenciais. A empresa planeja investir R$ 3 milhões no próximo ano para conquistar o mercado empresarial, adaptando seu modelo de negócios e interagindo diretamente com os departamentos de RH e facilities das empresas.

A estratégia de expansão da Market4u visa atingir mais de 300.000 empresas com mais de 100 funcionários, acreditando que 80% dos mercados autônomos brasileiros estarão situados nesse ambiente corporativo. A empresa almeja ter 50.000 lojas em operação até 2028, com um faturamento de R$ 6 bilhões.

Este ano, a Market4u prevê faturar R$ 170 milhões, representando um crescimento de 63%. Para 2024, a expectativa é dobrar tanto em faturamento quanto em número de unidades. O cofundador expressa a possibilidade de captação de recursos no futuro para impulsionar a empresa em direção aos seus ambiciosos objetivos de crescimento.

Fonte: Exame