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Terça-feira, 14 de maio de 2024

Sindicatos aprovam greve nesta terça-feira (3) no Metrô, CPTM e Sabesp

Categorias paralisarão serviços a partir da 0h contra as privatizações do governo de São Paulo

Os sindicatos dos Metroviários, dos Ferroviários e dos funcionários da Sabesp aprovaram, nesta segunda-feira (2), com 83% de apoio dos associados, a greve unificada a partir da 0h desta terça-feira (3).

“Nós, metroviários, estamos convencidos de que apenas nossas categorias isoladas não se bastam para enfrentar esse projeto. É por isso que a gente apostou nessa unidade, não sem dificuldade, porque nós sabemos das nossas histórias, mas nós avançamos para fazer um grande plebiscito e agora uma greve histórica legitima, que é um direito constitucional do nosso país”, disse a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa.

“É por isso que, a partir da 0h, vamos parar São Paulo, em unidade, e derrotar as privatizações do governador Tarcísio”, prosseguiu.

A paralisação acontece para protestar contra as concessões, terceirizações e privatizações das três empresas.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região determinou a manutenção dos serviços de transporte em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp.

Também foi proibida pela Justiça a liberação de catracas, que havia sido proposta pelos grevistas.

Quais linhas devem ser afetadas pela greve?

As linhas que devem ser afetadas pela greve são as seguintes:

  • Linha 1 – Azul (Metrô)
  • Linha 2 – Verde (Metrô)
  • Linha 3 – Vermelha (Metrô)
  • Linha 15 – Prata (Metrô)
  • Linha 7 – Rubi (CPTM)
  • Linha 10 – Turquesa (CPTM)
  • Linha 11 – Coral (CPTM)
  • Linha 12 – Safira (CPTM)
  • Linha 13 – Jade (CPTM)

As linhas 8 – Diamante, 9 – Esmeralda e 5 – Rubi são administradas pela ViaMobilidade. A linha 4 – Amarela é de responsabilidade da ViaQuatro.

Governo diz que greve é “ilegal e abusiva”

governo de São Paulo afirmou, nesta segunda-feira (2), que a greve do Metrô, da CPTM e da Sabesp é “ilegal e abusiva”.

“É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão”, disse a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) em nota.

Segundo o comunicado, a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, “mas, sim, para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas”.

Ainda diz que está agindo com transparência e respeito à legalidade nas propostas de parceria, concessão e desestatização, a partir da contratação de estudos de viabilidade técnico-financeira.

“A esfera de debate para privatização são as audiências públicas e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão. É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do Governo de São Paulo não é a ideal”, cita.

Fonte: CNN