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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Shein costura acordo e vai vender roupas da Forever 21

Como parte de um esforço para se alinhar com marcas renomadas, a Shein anunciou no dia 24 de agosto uma colaboração estratégica com a Forever 21. Nessa parceria, a empresa chinesa disponibilizou sua plataforma de e-commerce para a comercialização dos produtos da reconhecida marca americana.

No âmbito desse acordo, a Shein estabeleceu um intercâmbio de participações acionárias com a Sparc Group, uma joint venture formada pela Authentic Brands Group e pela Simon Property Group. Essa parceria visa a produção e distribuição dos produtos da Forever 21 e de outras seis marcas de vestuário, incluindo nomes como Reebok e Aéropostale. Ainda não está claro se a Shein também poderá colaborar com essas marcas adicionais.

Os detalhes financeiros dessa transação não foram divulgados publicamente. De acordo com informações do The Information, a Shein adquirirá uma parcela significativa da participação da Sparc Group. Enquanto isso, o grupo, que mantém uma presença em mais de 65 países com quase 4,3 mil lojas, deterá uma participação minoritária na Shein, avaliada em cerca de US$ 66 bilhões.

O interesse da Shein em diversificar seu mercado ao incluir marcas de terceiros em sua plataforma de comércio (lançada nos Estados Unidos no final de maio) levou à aproximação entre a empresa chinesa e a Forever 21. Em sua tentativa de competir com a Amazon, a Shein já havia estabelecido parcerias com marcas de calçados como Skechers e Cape Robbin.

Essa colaboração com a marca americana também abrirá oportunidades no cenário físico para a Shein. Nos termos do acordo, a empresa poderá utilizar as lojas físicas da Forever 21 para vender seus próprios produtos, ampliando assim sua presença além do ambiente virtual do e-commerce.

No mercado brasileiro, a Shein já oferece produtos de algumas marcas menores, como Elsa Moda, M&S Fashion, Mein, Heleny, Varlea Fashion, entre outras. Em um comunicado divulgado no final do mês passado, a empresa informou que já alcançou quase US$ 100 milhões em vendas por meio de seu marketplace no Brasil.

A estratégia de adotar um marketplace é uma medida da Shein para enfrentar a concorrência da Temu, um e-commerce chinês pertencente ao grupo Pinduoduo. Segundo informações apuradas pelo NeoFeed, a Temu tem planos de ingressar no mercado brasileiro até o final deste ano.

Fonte: Neofeed