Economia
Sábado, 29 de junho de 2024

Brasil lidera ranking de juros real, apesar de corte na Selic

O Brasil continua liderando o ranking mundial de juros reais, mesmo após a recente redução da taxa básica na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, realizada nesta quinta-feira (2).

Atualmente, o juro real no Brasil está em 6,68% ao ano, um valor próximo ao do México (6,64%) e da Colômbia (6,15%). O quarto lugar no ranking, compilado pelo Portal MoneYou, também é ocupado por um país latino-americano, o Chile, com 4,6% ao ano.

Os cálculos levam em consideração o juro real “ex-ante”, que corresponde à diferença entre a taxa de investimento no contrato DI (Depósito Interbancário) de um ano e a inflação projetada de 4,07% para os próximos 12 meses, obtida na pesquisa Focus do BC com cerca de 100 economistas.

Recentemente, o Copom anunciou o primeiro corte de juros no governo Lula, reduzindo a taxa básica (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 13,75% para 13,25% ao ano.

Em termos nominais, as maiores taxas ao ano, conforme coletadas pelo portal, são as da Argentina (97%), Turquia (17,5%), Hungria (15%), Brasil e Colômbia (ambos com 13,25%), México (11,25%) e Chile (10,25%).

Entre as grandes economias, os Estados Unidos têm uma taxa real de juros de 1,82% ao ano, a China possui 1,67%, e o Reino Unido está em 2,36%. Na Zona do Euro, a taxa real está próxima de 1,5% ao ano.

Apenas cinco países no levantamento ainda possuem juro real negativo: Suécia (-0,03%), República Tcheca (-1,86%), Hungria (-1,89%), Polônia (-6,05%) e Argentina (-28,53%).

Do total de 40 países considerados no ranking, 40% mantiveram suas taxas básicas em suas últimas reuniões de política monetária, enquanto 52,5% aumentaram as taxas e 7,5% as reduziram.

O levantamento do Portal MoneYou destaca o movimento global de políticas de aperto monetário, com um aumento significativo no número de bancos centrais sinalizando preocupação com a inflação, mesmo diante da queda nos preços das commodities.

Fonte: Folha