Tecnologia
Sexta-feira, 17 de maio de 2024

TikTok testa vendas no aplicativo para competir com Shein e Amazon

A ByteDance, empresa por trás do TikTok, está empenhada em replicar no Ocidente o sucesso de vendas que alcançou com o Douyin, seu aplicativo de vídeos curtos na China.

Em sua mais recente tentativa, a empresa busca transformar o TikTok em um concorrente direto de grandes varejistas, como a Shein, empresa chinesa, e a Amazon, empresa americana. Essas informações foram divulgadas pelo Financial Times.

A estratégia atual consiste em testar no Reino Unido uma seção chamada “Trendy Beat”, onde são disponibilizados produtos que se popularizaram nos vídeos do aplicativo, como ferramentas para extrair cera dos ouvidos ou escovas para animais de estimação.

A diferença em relação ao TikTok Shop, a outra ferramenta de vendas da plataforma, é que esses produtos são fabricados e comercializados pela própria ByteDance.

A ideia da empresa chinesa é acompanhar os artigos que se tornam populares na plataforma e aumentar sua produção em parceria com fornecedores terceirizados, em um modelo semelhante ao usado pela Shein.

Segundo o Financial Times, a ByteDance inclusive contratou funcionários da varejista chinesa para impulsionar seus negócios de vendas.

O TikTok Shop, disponível no Reino Unido e em fase de testes nos EUA, funciona como um marketplace, ou seja, vende itens de terceiros que são exibidos nos vídeos curtos da plataforma. Nesse caso, a ByteDance recebe apenas uma porcentagem da transação.

No mês passado, mostramos como a empresa chinesa está realocando funcionários que trabalhavam no lançamento do TikTok Shop no Brasil para enviá-los a mercados onde o serviço já está presente, mas ainda não obteve o sucesso esperado.

A ByteDance, avaliada em US$ 300 bilhões e considerada a startup mais valiosa do mundo, está buscando diversificar suas fontes de receita antes de realizar um IPO (oferta pública inicial de ações).

Essa estratégia é inspirada no Douyin, o aplicativo irmão do TikTok, que vendeu mais de 10 bilhões de produtos em apenas um ano.

Fonte: Folha