Agronegócio
Domingo, 5 de maio de 2024

Agricultor teme menor concorrência e alta de preço de alimento após fusão entre Bunge e Viterra

Diana Moss, presidente do American Antitrust Institute, expressou preocupação em relação ao acordo entre Bunge e Viterra, argumentando que ele pode resultar em menos compradores competindo pela compra de grãos dos agricultores. Isso, por sua vez, poderia levar à redução dos preços dos grãos e ao aumento dos custos de serviço. Moss acredita que, em última instância, isso resultaria em preços mais altos de alimentos para os consumidores.

O acordo de aquisição da Viterra, no valor de US$ 8,2 bilhões, foi anunciado na semana passada e une as duas principais empresas globais no ramo de portos de embarque de grãos e processamento de safras. Como resultado, espera-se que a Bunge se torne a segunda maior empresa do agronegócio mundial, com uma receita superior a US$ 110 bilhões, ficando atrás apenas da Cargill.

A Bunge vê a incorporação das operações da Viterra como uma oportunidade para melhorar a cadeia de abastecimento na compra e venda de safras dos agricultores. Greg Heckman, CEO da Bunge, ressalta que a Viterra possui uma extensa rede de distribuição de grãos nos Estados Unidos e no Canadá, que poderá ser utilizada para abastecer os portos costeiros da Bunge para exportação, assim como suas fábricas de processamento de óleos vegetais, biocombustíveis e ração animal.

Fonte: Estadão Conteúdo