A dívida bruta do governo geral pode chegar a 78,7% em 2023, segundo a Instituição Financeira Independente (IFI) do Senado Federal. Esse cenário aconteceria por conta da projeção de um resultado primário de déficit de 1,3% do PIB para este ano.
Segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira (15), para que a dívida fique estável em 73,5% do PIB, valor encerrado em 2022, “a IFI calcula que seria necessário um superavit primário de 3,8% do PIB em 2023, considerando taxa real de juros implícita da dívida em 6,1% e crescimento real da economia de 0,9%.”
Para a inflação, a IFI atualizou a previsão para este ano, de 5,3% para 5,6%, e para 2024, o IPCA projetado subiu marginalmente de 3,7% para 3,8%. De acordo com o documento, apesar da provável desaceleração de preços livres por conta da queda no preço de commodities, os preços administrados ainda sofrerão impacto por conta dos reajustes para as distribuidoras por parte da Petrobras.
Em relação ao PIB, a Instituição projeta um crescimento econômico de 0,9% neste ano, e 1,4% em 2024, o que representa uma desaceleração em relação a 2022, quando o PIB foi de 3%.
“A redução do ritmo de crescimento é explicada, em grande parte, pela moderação do crescimento da economia global e pelo aperto das condições financeiras.”, aponta a IFI.
Ainda segundo a IFI, a projeção do PIB de 2024 foi afetado principalmente devido ao ajuste promovido no patamar da Selic, que deve atingir 13% e 10% ao final de 2023 e 2024, respectivamente.
Fonte: CNN
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