Agronegócio
Terça-feira, 2 de julho de 2024

Produtor de SP recebe 0,52% mais pela produção em agosto ante julho, diz IEA-Apta

A agropecuária paulista recebeu 0,52% mais pelos seus produtos primários em agosto na comparação com julho, apontou o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), em boletim. Enquanto as cotações dos produtos de origem vegetal subiram 1,12% no período, as de origem animal se desvalorizaram em média 1,03%, por causa da expressiva queda nos preços da carne bovina no mês passado (-5,04%).

Excluindo-se a cana-de-açúcar, o principal produto da agropecuária paulista, que subiu 2,36%, o índice geral caiu 0,84% em agosto ante julho, em função da queda dos preços do feijão (-11,15%), do tomate para mesa (-7,04%), da batata (-6,37%) e da banana nanica (-5,99%).

Segundo o IEA-Apta, a colheita da safra de inverno de feijão e uma demanda interna pela leguminosa ainda reprimida provocaram a desvalorização do grão. Quanto ao tomate para mesa, o instituto comenta que, mesmo com a queda de área e produção na safra de inverno paulista, a concentração da oferta no mês passado e a entrada do fruto proveniente de Goiás e Minas Gerais pressionaram os preços.

A batata também, em plena safra de inverno nas regiões de Avaré, Itapeva, Itapetininga e São João da Boa Vista, apresentou maior oferta e consequente queda de preços, mesmo com uma produtividade menor, já que a área plantada aumentou 25%, diz o IEA-Apta.

Houve, porém, vários produtos com alta de preços em agosto ante julho. É o caso do leite, que subiu 8,27%, da laranja para indústria (+4,46%) e dos ovos (+4,33). Quanto ao leite, o IEA-Apta informa que o aumento de custos típico da entressafra foi repassado para a matéria-prima, encarecendo o produto. “Notam-se relatos vindos das regiões produtoras paulistas de rebanhos reduzidos e desfeitos por pecuaristas, o que possivelmente interferirá na oferta futura do produto”, diz o instituto.

Para a laranja, a estiagem característica desta época do ano resultou em baixa oferta de frutos de qualidade, tanto para o mercado de mesa quanto para as indústrias, o que elevou os preços recebidos pelos produtores no mercado paulista.

Em 12 meses (agosto de 2021 a agosto de 2022), todos os índices calculados pelo IEA-Apta (índice geral de preços pagos ao produtor e índices animal e vegetal) tiveram alta. O índice geral (IqPR) subiu 15,3% no período. O IqPRV (relativo a produtos de origem vegetal) teve alta de 16,89%. Já o IqPR-A (índice de origem animal) se valorizou 3,55%.

Fonte: Estadão Conteúdo