O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) defendeu nesta segunda-feira (29) a redução da cobrança de impostos de “quem trabalha e produz” e o aumento da cobrança para os super-ricos. A declaração foi dada em encontro com membros da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em São Paulo. Ele também voltou a criticar o teto de gastos.
“Essa aberração, colocar um teto de gastos constitucional, com vigência para 20 anos, excluindo o gasto corrente com juros, não é para defender saúde fiscal, é para defender a parte da União, fazer todo mundo se esfolar, destruir a economia e os empregos do país para guardar o dinheiro para pagar juro para banco”, disse.
Ciro ainda defendeu a reindustrialização do país, com foco na saúde, agronegócio, defesa e energia, com o objetivo de promover a geração de empregos.
“O Brasil devastou a sua indústria. É o país que mais destruiu a indústria na história do capitalismo mundial. Eu quero virar esse jogo e reindustrializar o Brasil forçadamente”, colocou.
Ao falar sobre o debate entre candidatos à Presidência que aconteceu na noite do domingo (28), o pedetista destacou o confronto entre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É uma bola de chumbo amarrando o Brasil ao passado”, afirmou Ciro.
“O que nós vimos ontem foi um presidente e um ex-presidente se agredindo na frente de milhões de brasileiros para que as pessoas escolham quem é o menos corrupto e menos mentiroso dos dois. Isso é muito grave e muito constrangedor”, acrescentou.
Ele ainda declarou solidariedade à jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura, que foi chamada por Bolsonaro de “vergonha para o jornalismo brasileiro” durante o debate. A fala rendeu críticas ao atual presidente.
Fonte: CNN
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