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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Como empresa tecnológica, não só banco, Inter precisava estar na Nasdaq, diz João Vitor Menin

Instituição começou a negociar ações na bolsa de tecnologia de Nova York, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (23)

Inter começou nesta quinta-feira (23) a negociar ações na Nasdaq, bolsa de tecnologia de Nova York, nos Estados Unidos. Em entrevista à CNN, o CEO da instituição, João Vitor Menin, falou da importância desse movimento, que marca a consolidação do Inter como uma empresa de tecnologia, e coincide com seus planos de expansão.

“Apesar de sermos um banco, somos uma plataforma de tecnologia, que alinha serviços bancários de não bancários, então nada mais natural que ao vir para os EUA, a gente escolhesse a Nasdaq para listar nossas ações”, disse Menin.

O empresário também destaca que a estreia coincide com os planos de expansão da companhia, que passou a permitir recentemente que clientes tenham uma conta em moeda estrangeira, e que em breve poderá ser usada também por residentes nos Estados Unidos.

“(A estreia na Nasdaq) coloca o inter em outro patamar e coincide com o momento que fazemos a nossa expansão de operações. Estamos com nossa Global Account, produto que lançamos para alcançar, além de brasileiros, pessoas de todo o mundo, começando pelos EUA”.

A cerimônia desta quinta consolida o Inter como uma empresa de tecnologia, que aposta no conceito de “super aplicativo”, ferramenta que, além dos serviços financeiros, também permite que clientes façam investimentos nacionais e internacionais, remessas de dinheiro, seguros e marketplace.

“Temos um mundo globalizado em que as pessoas viajam e fazem negócios podem ter na palma da mão o super app do Inter, ter sua conta em dólar, fazer transações de câmbio, remessas de dinheiro, cartão de débito, investir em bolsa”, disse.

O lançamento também é uma oportunidade de o banco ter mais visibilidade internacional, segundo o executivo. “À medida que chegamos nos EUA, passamos a atrair outros investidores. A gente já começa a perceber muitos fundos, como americanos e europeus, que já acompanhavam a gente, mas não investiam por estarmos somente no Brasil. Agora, com listagem na Nasdaq, estão aproveitando o momento para se posicionar”, disse.

Com a estreia, os ativos BIDI3, BIDI4 e BIDI11, que vinham sendo negociados na B3 desde o IPO da instituição, em 2018, são migrados para a Inter&Co na bolsa americana, com o código INTR.

Hoje com mais de 20 milhões de clientes, o Inter atua no mercado desde a década de 1990, mas lançou a primeira conta 100% digital em 2015.

Fundador e presidente do conselho da MRV Engenharia, o empresário Rubens Menin também é controlador do Inter, da Log Commercial Properties e da CNN Brasil.

Fonte: CNN