Internacional
Terça-feira, 14 de maio de 2024

Diretor da CIA: presidente chinês está “inquieto” com invasão russa na Ucrânia

Liderança chinesa também está preocupada com “o dano reputacional que a China sofre pela associação com a ‘feiuira’ da agressão da Rússia contra a Ucrânia

presidente chinês Xi Jinping está “inquieto” com a invasão russa na Ucrânia, em parte porque “sua própria inteligência não parece ter dito a ele o que iria acontecer”, disse o diretor da CIA (Agência Americana de Inteligência), Bill Burns, ao Comitê de Inteligência do Senado dos EUA na quinta-feira (10).

A liderança chinesa também está preocupada com “o dano reputacional que a China sofre pela associação com a ‘feiura’ da agressão da Rússia contra a Ucrânia” e “as consequências econômicas em um momento em que as taxas de crescimento na China são menores do que em 30 anos”, segundo Burns.

“O presidente Xi provavelmente está um pouco inquieto ao observar a maneira como o presidente Vladimir Putin aproximou americanos e europeus e fortaleceu a aliança transatlântica de maneiras que seriam um pouco difíceis de imaginar antes da invasão”, disse o diretor da agência.

Mais antecedentes

As autoridades dos Estados Unidos acompanharam de perto a resposta da China à invasão da Ucrânia pela Rússia, à medida que crescem os temores de que as duas nações autocráticas estão se aproximando no cenário mundial. Apenas algumas semanas antes do início da invasão, Putin e Xi se encontraram na cerimônia de abertura das Olimpíadas em Pequim e as duas nações emitiram uma declaração conjunta afirmando uma parceria “sem limites”.

Um relatório de inteligência ocidental indicou que autoridades chinesas na mesma época solicitaram que altos funcionários russos esperassem até que as Olimpíadas de Pequim terminassem antes de iniciar a ação militar na Ucrânia, de acordo com a CNN – mas os detalhes do relatório estavam abertos à interpretação, de acordo com uma fonte familiarizada com a inteligência, e não está claro se Putin abordou o assunto diretamente com Xi.

Fonte: CNN