Economia
Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Na Payoneer, um meio de pagamento para o lojista brasileiro exportar

Firma de pagamentos online usada por clientes como Airbnb e Amazon processa mais de US$ 50 bilhões

A Payoneer, uma firma de pagamentos online usada por clientes como Airbnb, quer facilitar a entrada de sellers brasileiros nos principais marketplaces internacionais — da operação americana da Amazon a eBay e Wish.

Fundada em 2005 pelo israelense Yuval Tal, a fintech estreou na Nasdaq neste ano, em uma fusão com uma SPAC — patrocinada por Betsy Cohen — que avaliou a companhia em US$ 3,3 bilhões. Atualmente, a Payonner vale US$ 2,5 bilhões. Wellington Management, TCV e Temasek estão entre os investidores.

Com os dados de uma plataforma que processa mais de US$ 50 bilhões em pagamentos online, a empresa vislumbrou uma oportunidade de aproveitar a crise do supply chain — especialmente de fornecedores da Ásia —, para diversificar os fornecedores dos marketplaces.

“Amazon US, Ebay precisam de novos fornecedores de fora dos países tradicionais”, diz María del Mar Fernández, uma executiva baseada em Buenos Aires que lidera a operação da Payoneer na América Latina.

No Brasil, a fintech abriu um escritório recentemente e está ampliando a equipe. Atualmente, os principais clientes locais da plataforma são sellers de produtos de casa e decoração. “O Brasil pode ser um dos nossos cinco principais países”, aposta.

A solução da Payonner permite que o seller gerencie, em um só lugar, recebimentos de vendas feitas em marketplaces nos EUA ou Europa. A plataforma também facilita o pagamento de impostos e publicidade em sites como Facebook e Google.

Mas ela também conta com outros serviços. A conta permite transações em dez diferentes moedas e também oferece uma solução de links de pagamentos para que os sellers oferecçam a qualquer cliente internacional.

A Payonner prevê processar de US$ 54,3 bilhões a US$ 56 bilhões em pagamentos online em 2021, com uma receita de cerca de US$ 460 milhões e um Ebitda de US$ 20 milhões — o que implica uma margem inferior a 5%.

Fonte: Valor Pipeline