Bolsas, commodities e criptomoedas se recuperam do tombo da última sexta-feira (26) após o susto com variante ômicron
A notícia de que uma nova variante havia sido detectada por médicos da África do Sul pressionou os mercados globais na última sexta-feira. Até o momento, pouco se sabe sobre o potencial da mutação, mas informações adquiridas durante o fim de semana mostram que o cenário pode não ser tão caótico quanto o previsto, o que dá espaço para uma recuperação do Ibovespa.
Um estudo preliminar indicou que a variante ômicron da covid-19 é mais transmissível, mas menos letal do que outras, o que animou as bolsas internacionais na madrugada. Além disso, o maior problema segue sendo a baixa cobertura vacinal até mesmo em países europeus, o que pode levar a uma forte quarta onda da pandemia.
As notícias mais positivas impulsionam o Ibovespa nesta segunda-feira. Por volta das 11h, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 1,75%, aos 104.010 pontos, enquanto os índices futuros apontam para uma forte alta. O dólar à vista também sobe 0,36%, a R$ 5,6081.
De olho na covid-19
Apesar dos poucos dados disponíveis sobre a nova variante, os especialistas em saúde destacam que o cenário é diferente de outros momentos da pandemia.
Em primeiro lugar, o número de pessoas vacinadas é mais alto do que quando surgiu a variante delta, em julho deste ano. Mesmo sem maiores informações sobre a extensão da eficácia das vacinas contra a ômicron, Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos e conselheiro da Casa Branca para a covid-19, não vê motivos para os imunizantes não funcionam contra a nova mutação de covid.
Ainda assim, laboratórios como Moderna já anunciaram estudos das vacinas contra a nova variante e devem disponibilizar maiores dados ao longo dos próximos 15 dias.
Por fim, um estudo preliminar indicou que os casos da variante ômicron tem sintomas leves e moderados, apesar da maior transmissibilidade. Os investidores devem seguir monitorando a alta nos casos e qualquer novidade sobre a pandemia.
Fonte: SeuDinheiro