Cultura
Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Sesc Jazz une shows e atividades poderosas em evento híbrido

Confira mais de 20 shows que mostram como o jazz é combativo e pode se fundir a outros estilos musicais!

Os ingressos estão à venda desde o dia 12 de outubro. Por isso, se você quiser assistir às atrações presencialmente, corra! Mas não precisa se desesperar: os shows são transmitidos pelo Instagram @sescaovivo e pelo Youtube @sescsp. E todas as atividades formativas acontecem online!


Nesta edição do Sesc Jazz, são os artistas nacionais que dominam os palcos, sem deixar de lado algumas presenças internacionais. Mais de 20 performances acontecem no Sesc Consolação, no Sesc Pinheiros, no Sesc Pompeia e no Sesc Vila Mariana. Confira tudo neste link aqui.

A ideia é reforçar o caráter combativo do jazz, ritmo que surgiu no início do século 20 nos barracos e plantações do delta do rio Mississippi, nos EUA. Na época, a música refletia as condições de trabalho e de vida dos negros norte-americanos.

Mesmo hoje, o estilo permanece poderoso, assumindo uma postura de resistência. Misturando-se a outros gêneros musicais, o jazz sempre aparece nos locais mais improváveis, até para espanto dos desatentos. E são essas facetas de luta e de diversidade que norteiam a programação do Sesc Jazz 2021.

Ancestralidade

Claro que, com essa proposta curatorial, a ancestralidade daria o tom de muitas apresentações. Saca só esse super encontro: Amaro Freitas, Ancestral Cumbe, Henrique Albino, Hugo Medeiros, Lais de Assis e Lucas dos Prazeres. No repertório estão canções inéditas de Freitas e composições de mestres como Milton Nascimento, Moacir Santos e Johnny Alf.

Da mesma forma, o quinteto carioca Jazz das Minas, liderado pela cantora e pianista Maíra Freitas, reverencia ancestralidade com muita presença e criatividade. Fique de olho!

Também acontece a intensa união entre o percussionista Gabi Guedes, um dos mais importantes do país, e a cantora Ellen Oléria. Juntos, eles celebram a musicalidade presente nos terreiros.

Mistura e reinvenção

Para quem adora uma fusão inusitada, há shows interessantíssimos. Você já imaginou, por exemplo, uma mistura entre jazz e flamenco? O espanhol José Quevedo, com seus 30 anos de carreira na música de seu país, junta-se à uma big band para um “Concierto Caótico”.

O multi-instrumentista moçambicano Otis Selimane Remane, radicado no Brasil há seis anos, marca presença com a Otis Project, banda que mescla música africana, rap, trap, neo-soul e o nosso queridinho jazz.

Samba-jazz, free jazz e spirituals são a marca registrada do Conde Favela Sexteto, grupo do ABC Paulista que encara o jazz como uma manifestação popular autêntica em processo contínuo de desenvolvimento. No show, os músicos apresentam as composições do álbum “Temas para Tempos de Guerra” (2020).

As sonoridades afro-cubanas e brasileiras se encontram na performance do contrabaixista Aniel Someillan e seu quarteto El Quilombo com participação de Luedji Luna.

O bandolinista vencedor de vários prêmios Grammy Hamilton de Holanda e o seu trio mostram como o jazz e o choro dão um match perfeito em uma apresentação inesquecível!

E essa é só uma pequena mostra de tudo que rola no Sesc Jazz 2021. Serão dias muito intensos! Para quem quiser ver – ou rever – shows mais antigos, está disponível online a coleção Jazz na Plataforma. Foram compiladas algumas apresentações icônicas que aconteceram no próprio Sesc Jazz, no Jazz na Fábrica, no Instrumental Sesc Brasil e em outros projetos bacanas.

Além disso, o público confere as webséries “Sotaques do Jazz Internacional” e “Jazzpora”. Sem contar a exibição de vários filmaços relacionados a esse universo, como a animação “Chico & Rita” (2010), que concorreu ao Oscar e narra a história de amor de um casal em ritmo do jazz.

Fonte: Catraca Livre