As concessões de crédito no Brasil somaram R$ 3,4 trilhões do início de março até o fim de dezembro, período que abrange a pandemia de Covid-19. O número, que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulga nesta segunda-feira (11), contempla novas contratações, renovações e suspensão de parcelas.
O volume leva em conta os R$ 3,1 trilhões em operações feitas de março a novembro, já divulgadas pelo Banco Central, e também os R$ 313,8 bilhões concedidos a pessoas jurídicas com recursos livres e a pessoas físicas no crédito imobiliário.
As renegociações totalizaram 16,8 milhões de contratos com pagamentos em dia, que representam R$ 971,5 bilhões em operações. O valor das parcelas suspensas – por períodos que vão de 60 a 180 dias, dependendo da instituição financeira – soma R$ 146,7 bilhões.
De acordo com a Febraban, os bancos concederam R$ 325,2 bilhões para micro e pequenas empresas entre 16 de março e 31 de dezembro, incluindo novos créditos e renovações.
As concessões para pessoas jurídicas aumentaram 34,5% na média por dia útil quando comparados os períodos de 16 de março a 31 de dezembro do ano passado (201 dias úteis) e de março a novembro de 2019 (191 dias úteis).
“O desempenho do crédito em 2020 foi extraordinário. Ao contrário de outras crises, quando houve um recuo expressivo nas concessões, desta vez, mesmo com o forte aumento do risco nas operações de crédito, os bancos nunca tiveram uma atuação tão proativa como nessa crise”, afirmou, por meio de nota, o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
Ele lembrou que a carteira de pessoas jurídicas deve ter fechado o ano passado no maior patamar da série histórica.
Sidney reiterou que a projeção dos bancos para 2021 é de crescimento de 7% no crédito, o que deve representar o dobro da expansão do Produto Interno Bruto (PIB). “É fundamental, portanto, que o sistema financeiro mantenha os níveis robustos de capital e liquidez”, destacou.
Fonte: G1