O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que está prestes a deixar seu cargo na próxima semana por motivos de saúde, insistiu nesta sexta-feira (11) na necessidade de que o Japão reforce suas capacidades de defesa anti-mísseis, principalmente para conter a ameaça norte-coreana.
“Acredito que seja necessário reforçar a dissuasão e, dessa forma, reduzir ainda mais a possibilidade de um ataque contra o Japão com mísseis balísticos e outras armas”, declarou Abe em comunicado.
O governo planeja definir a política a ser seguida “até o final do ano”, para responder aos “sérios” desafios de segurança nacional do país, acrescentou, citando a ameaça balística e nuclear de Pyongyang.
A reflexão do governo é feita respeitando a Constituição pacifista japonesa e as leis internacionais, assegurou.Playvolume00:00/00:45TruvidfullScreen
“A política japonesa exclusivamente voltada para a defesa não mudará”, nem a aliança de segurança com os Estados Unidos, destacou ele.
No entanto, a possibilidade de o Japão se equipar com armas ofensivas, mesmo para fins reivindicados de dissuasão e defesa, é objeto de debate no país.
O partido Komeito, membro da coalizão governante junto com o Partido Democrata Liberal de Abe, se opõe firmemente à evolução da defesa do país para armas ofensivas.
No entanto, o apelo de Abe não terá um efeito vinculativo para o novo governo, que será formado na próxima semana após a eleição de um novo primeiro-ministro, que tudo indica que será seu fiel braço direito Yoshihide Suga.
Fonte: IstoéDinheiro