Política
Segunda-feira, 6 de maio de 2024

Ministério Público acusa Paulo Preto e filhas de lavar dinheiro por meio de hotel

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público Federal em São Paulo apresentou denúncia nesta quinta-feira (3) contra o ex-diretor da estatal paulista Paulo Vieira de Souza, a ex-mulher dele e duas filhas sob acusação de lavagem de dinheiro.
A acusação dos procuradores afirma que ele usou um hotel da família e uma firma de administração de patrimônio para ocultar recursos desviados da estatal.
A denúncia foi protocolada pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, os mesmos que pediram para sair do grupo nesta quarta-feira (2). Eles solicitaram prazo para um período de transição dos trabalhos.
A peça também aparece assinada pela procuradora Viviane Martinez, pivô do pedido de demissão, com quem o grupo da Lava Jato se desentendeu.
Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, é suspeito de ser operador do PSDB durante gestões do partido no governo estadual.
Ele foi preso pela Lava Jato paranaense no início de 2019, mas, em março passado, conseguiu ir para prisão domiciliar por causa do novo coronavírus.
Paulo Preto foi condenado duas vezes em primeira instância em São Paulo. Em uma das ações, ele foi sentenciado pela juíza Maria Isabel do Prado a 145 anos de prisão, maior condenação da Lava Jato, pelas práticas dos crimes de formação de quadrilha e peculato (desvio de dinheiro público).
No entanto essa condenação foi anulada pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Reynaldo Soares da Fonseca. O ministro determinou que a ação voltasse à fase das alegações finais. O Ministério Público Federal recorreu dessa decisão.
Em outro processo, Paulo Preto foi condenado sob a acusação de fraude em licitações e formação de cartel nas obras do trecho sul do Rodoanel.
Em 2018, ele chegou a ser preso duas vezes, mas foi solto após habeas corpus concedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.