De tempos em tempos a tensão ressurge na península coreana, atentados, choques de fronteira, ameaças, demonstrações de poder militar, e agora a destruição do “escritório de relações “entre as Coreias, ocorrido no dia 16 de Junho. Quase que na data do aniversário de 70 anos do início da Guerra da Coreia.
A subsequente renúncia do ministro sul coreano da unificação, Kim Yeon-chul, demonstra o significado do ato para as negociações de paz.
A Guerra da Coreia teve início em 25 de Junho de 1950, quando forças Norte-coreanas, armadas e equipadas pela extinta URSS, invadiram a Coreia do Sul, numericamente superiores e muito melhor equipadas, logo tomaram Seul (capital da Coreia do Sul).
Em 27 de Junho, a recém criada (1946) ONU, Organização das Nações Unidas, condenaram a ação como ilegal, e solicitaram o cessar fogo imediato (resolução 83).
A guerra prosseguiu, pois as forças Norte-coreanas não acataram a resolução das nações unidas.
A ONU, então, solicitou aos países membros, a formação de uma força para reestabelecer a situação anterior, com a fronteira seguindo ao longo do paralelo 38.
Mais de vinte nações atenderam ao chamado, embora mais de 80% das tropas enviadas fossem dos Estados Unidos da América, o único país, à época, capaz de reunir e enviar uma força significativa ao país.
Porém, até que a operação, que visava reestabelecer a soberania sul-coreana acontecesse, passaram -se quase três meses, e as forças da Coreia do Norte, nesse período, ocuparam Seul e aproximadamente, 90% do território sul coreano.
Somente a resistência no chamado “Perímetro de Pusan”, no extremo sul do país, impediu a total dominação deste pelas forças norte-coreanas.
Em 15 de Setembro de 1950, um ousado desembarque naval, em Inchon (Incheon), realizado por forças dos Estados Unidos, permitiu a retomada de Seul e a interrupção das linhas de suprimentos norte-coreanas, ocasionando sua retirada da Coreia do Sul, onde a maior parte de suas forças foram destruídas.
A seguir, as forças sob bandeira da ONU, mas sob comando do General Douglas McArthur (EUA), invadiram a Coreia do Norte até as proximidades da fronteira chinesa no Rio Yalu.
Em novembro de 1950, forças chinesas, em grandes números, entraram em confronto com as forças da ONU, ocorrendo uma inesperada virada no curso da guerra, onde o chineses obrigaram as forças da ONU a recuar, retornando à Coreia do Sul e novamente invadindo Seul.
Em 14 de Março de 1951, Seul foi libertada pelos “Marines” americanos e as forças da ONU avançaram até a antiga linha de fronteira no paralelo 38, onde se entrincheiraram, sem tentar nova invasão da Coreia do Norte.
Durante todo o ano de 1952, e até Julho de 1953, a guerra prosseguiu com batalhas, em geral, inconcludentes, ocorrendo grande quantidade de mortes, sem avanços no terreno. A Coreia do Norte continuou a ser bombardeada, e sua infraestrutura, pontes, represas, fábricas, etc., foi destruída.
Finalmente, em 27 de Julho de 1953 foi acertado um armistício.
Até os dias atuais, não há um tratado de paz que realmente ponha fim ao conflito, a possibilidade de reunificação parece remota. E a Coreia do Norte, hoje dispõe de farto arsenal, inclusive com armas nucleares, porém, economicamente, está em plano muito inferior à Coreia do Sul.
A destruição do escritório de negociação, através de uma explosão, demonstra que o caminho para uma paz na Coreia ainda será longo.
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Quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
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