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Sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Em 6 anos, mais de 454 mil empresas foram fechadas no Brasil, diz IBGE

Do total de empresas fechadas entre 2013 e 2018, 89,9% eram voltadas ao comércio. No mesmo período, 2,9 milhões de postos de trabalho foram fechados, 45,8% deles na indústria de transformação.

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 454,3 mil empresas e 2,9 milhões de postos de trabalho foram fechados em seis anos no Brasil. Os dados são de 2018 e fazem parte do Cadastro Central de Empresas.

Segundo a o levantamento, em 2018 havia pouco mais de 4,9 milhões de empresas e outras organizações formais ativas no país. Em 2013, quando foi registrado recorde de empresas ativas, esse número era de mais de 5,3 milhões. A queda neste período de seis anos foi de 8,4%.

Gráfico mostra o número absoluto de empresas ativas no Brasil de acordo com o Cadastro Central de Empresas — Foto: Economia/G1

Gráfico mostra o número absoluto de empresas ativas no Brasil de acordo com o Cadastro Central de Empresas — Foto: Economia/G1

Do total de empresas fechadas neste período, 89,9% eram do segmento comercial. Segundo o IBGE, em 2013 havia cerca de 2,2 milhões de empresas voltadas ao comércio e em 2018 este número caiu para aproximadamente 1,7 milhão – uma queda de 18,6%.

Depois do comércio, em números absolutos, outras atividades de serviços foi o segmento empresarial que mais fechou empresas no período – foram cerca de 141,3 mil fechamentos, o que corresponde a uma queda de 36%.

Em terceiro lugar aparecem as indústrias de transformação, que registrou o fechamento de 63,3 mil empresas nos seis anos, uma queda de 14,2%.

Outros segmentos empresariais, no entanto, registraram aumento do número de empresas ativas entre 2013 e 2018. Saúde humana e serviços sociais é o que teve o maior crescimento – foram registradas 74,7 mil novas empresas, o que corresponde a uma alta de 46,7% no período.

O segundo segmento com maior alta no número de empresas ativas foi o de atividades profissionais, científicas e técnicas, com novas 51,7 mil unidades empresariais – uma alta de 19,11%. Em seguida, aparece o segmento de educação, que teve 44,4 mil novas empresas abertas em seis anos, um crescimento de 34,2%.

Queda de 2,9 milhões de trabalhadores

Com o fechamento das empresas, o total de empregados no setor empresarial brasileiro caiu em 5,3% entre 2013 e 2018, o que representa um contingente de pouco mais de 2,9 milhões de trabalhadores.

Embora o comércio tenha sido o segmento com maior número de empresas fechadas, foi na indústria de transformação que ocorreu a maior redução do pessoal ocupado.

Do contingente de 2,9 milhões de postos de trabalho fechados, 45,8% eram da indústria de transformação, o que equivale a 1,3 milhão de trabalhadores. Outros 1,3 milhão de trabalhadores foram cortados do segmento de construção.

No comércio, foram fechados 206 mil de postos de trabalho.

Média salarial

Ainda de acordo com o levantamento, em 2018, o salário médio mensal no Brasil foi de R$ 2 952,87.

Os maiores salários médios mensais foram pagos pelas empresas de eletricidade e gás, seguidas pelas empresas de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais aparecem em terceiro lugar.

Gráfico mostra a média salarial em 2018 por ramo de atividade — Foto: Economia/G1

Gráfico mostra a média salarial em 2018 por ramo de atividade — Foto: Economia/G1

Nestes três segmentos, o salário médio foi, respectivamente, 158,2%, 137,4% e 87,0% acima da média geral.

Já os menores salários médios mensais foram pagos pelas empresas de alojamento e alimentação, seguidas elas empresas de atividades administrativas e serviços complementares e pelo comércio, com valores, respectivamente, 48,1%, 38,6% e 34,3% abaixo da média geral.

Fonte: Biznews