Por Barbara Goldberg e Gabriella Borter – Repórteres da Reuters
Exatamente 100 dias depois de o primeiro caso de covid-19 ser confirmado na cidade de Nova York, alguns trabalhadores começaram a voltar ao trabalho nessa segunda-feira (8), na primeira fase de reabertura do isolamento municipal adotado para combater a epidemia, que já matou mais de 20 mil de seus moradores.
Pessoas que passaram meses em casa embarcaram em trens do metrô e em ônibus, agora que a cidade norte-americana mais populosa iniciou sua jornada rumo a uma esperada recuperação econômica.
“Este é claramente o lugar mais difícil da América para chegar a este momento porque somos o epicentro”, disse o prefeito, Bill de Blasio, em entrevista no estaleiro da Marinha, no Brooklyn.
Nova York, a cidade mais atingida do país pela covid-19, registrou que a taxa de pessoas que tiveram teste positivo de coronavírus teve nova queda, de 3%, bem abaixo da taxa máxima para a reabertura, de 15%, disse De Blasio.
Enquanto cerca de 400 mil trabalhadores voltavam para 32 mil canteiros de obras, centros de atacado e manufatura e alguns pontos atacadistas de toda a metrópole, o prefeito pediu o uso de máscaras e a manutenção do distanciamento social para manter os casos de covid-19 em tendência de baixa – particularmente aqueles que usam o transporte público para ir ao emprego.
“Sabemos que a reabertura significará que as pessoas estarão perto umas das outras, precisamos nos ater a isso”, lembrou De Blasio.
Máscaras gratuitas e gel antisséptico estão sendo distribuídos por 800 agentes de segurança escolar, de plantão em estações do metrô.
Para aumentar o espaçamento entre os passageiros, a cidade abrirá 20 milhas de novas rotas de ônibus entre junho e outubro, informou o prefeito.