LEONARDO SANCHEZ
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Conforme a pandemia de coronavírus vai dando sinais de melhora ao redor do mundo, festivais de cinema como os de Veneza e Toronto aconteceram presencialmente. Em São Paulo, as salas aguardam liberação da prefeitura para reabrir -o que pode acontecer ainda nesta semana.
Mas nem por isso a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo vai se arriscar. Nesta 44ª edição, o evento, um dos maiores do gênero no país, decidiu manter sua programação quase totalmente online.
O novo formato e os obstáculos que se ergueram junto a ele, como a perda de patrocínio num ano de catástrofe para a economia, encurtaram a lista de filmes que vão ganhar exibição entre os dias 22 de outubro e 4 de novembro.
Se no ano passado foram pouco mais de 300 filmes, a lista atual beira os 200. Mas nem por isso a seleção deste ano deixa de ter convidados ilustres. Mohammad Rasoulof, Tsai Ming-liang, Naomi Kawase, Lav Diaz e Ai Weiwei são alguns dos diretores que exibem seus trabalhos mais recentes na Mostra.
Essa é só uma fração da lista deste ano, que será revelada em sua totalidade neste sábado (10), em entrevista coletiva. Na ocasião, a diretora do evento, Renata de Almeida, dará mais detalhes sobre como o público poderá acompanhar a edição virtual.
Para driblar o isolamento social, a Mostra desenvolveu uma plataforma de streaming exclusiva junto à empresa responsável por criar os serviços online que viabilizaram parte dos últimos festivais de Toronto e de Cannes -este na verdade foi cancelado, mas manteve aberto o seu mercado, seção destinada a quem trabalha na indústria, mirando a venda de títulos.
O público assistirá aos filmes por meio da nova plataforma, que vai cobrar R$ 6 por ingresso. Títulos gratuitos estarão disponíveis no streaming do Cinesesc e da Spcine e, para quem quiser sair de casa, alguns drive-ins também terão programação.
Um dos grandes destaques da seleção é “Não Há Mal Algum”, de Mohammad Rasoulof, que venceu o Urso de Ouro e mais dois outros prêmios no último Festival de Berlim. O filme é um compilado de quatro histórias que discutem a pena de morte no Irã.
Também um dos destaques de Berlim, “Dias” foi laureado com uma menção honrosa na seção Teddy do festival, dedicada a filmes com temática LGBT. Nele, Tsai Ming-liang acompanha o relacionamento de um jovem com um homem mais velho e também mais abastado. O cineasta malaio recebeu menção honrosa na Mostra de 1997, por “O Rio”.
Já a diretora japonesa Naomi Kawase, que ganhou o prêmio do público na Mostra de 2015, com “Sabor da Vida”, apresenta agora “Mães de Verdade”. No longa, uma mãe adotiva é inesperadamente contatada pela mãe biológica de sua criança.
Conhecido pelos filmes de longuíssima duração, o filipino Lav Diaz traz à Mostra deste ano um título mais enxuto, “Gênero, Pan”, de duas horas e meia. Vencedor do prêmio de direção da seção Horizons do Festival de Veneza, o drama é um estudo sobre a proximidade do ser humano com os animais. Diaz foi a escolha do público na categoria de filme estrangeiro da Mostra de 2014, com “Do que Vem Antes”.
O artista e cineasta chinês Ai Weiwei, por sua vez, tem dois documentários inscritos no evento, “Vivos” e “Coronation”. O primeiro fala sobre o ataque brutal da polícia de Guerrero, no México, a um grupo de estudantes. O segundo é um retrato do impacto da Covid-19 na província de Wuhan, epicentro inicial da doença.
Entre os brasileiros, o aguardado “Verlust”, de Esmir Filho, descrito como um thriller erótico, traz Andrea Beltrão e Marina Lima vivendo uma empresária da música e uma estrela do rock que perdeu a voz.
Cultura
Sábado, 18 de maio de 2024
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