Destaques
Sábado, 18 de maio de 2024

Brasil tem 3ª maior inflação entre as grandes economias, mostra OCDE

Na conjunto de países do grupo G20, taxa em 12 meses atingiu 7,9% em março, contra 11,3% no Brasil; veja ranking.

A alta da inflação é uma preocupação global, mas a taxa registrada no Brasil permanece bem acima da média observada nas maiores economias do mundo. Relatório divulgado nesta quarta-feira (4) pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que a inflação acumulada em 12 meses no Brasil é a maior do G20 – grupo dos países mais ricos –, atrás só da Turquia e da Argentina.

Por aqui, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março. Já são 7 meses seguidos com a inflação anual acima dois dígitos.

Na conjunto de países da OCDE, que inclui todas economias desenvolvidas e algumas emergentes, a inflação em 12 meses atingiu 8,8% em março, ante 7,8% em fevereiro – nível mais alto desde outubro de 1988. No grupo G20, a taxa ficou em 7,9%, contra 6,8% no mês anterior. No G7, passou para 7,1%, vindo de 6,3%.

Segundo o relatório, cerca de um quinto dos 38 integrantes da OCDE tiveram inflação de dois dígitos em março, sendo a mais alta a da Turquia (61,1%). Os únicos outros países da organização (mas que não estão entre as maiores economias) com taxa anual acima de 10% são Lituânia (15,7%), Estônia (15,2%), República Tcheca (12,7%), Letônia (11,5%), Polônia (11%) e Eslováquia (10,4%).

A OCDE destacou a forte pressão dos preços de energia, cuja inflação saltou 33,7% em 12 meses, maior elevação desde maio de 1980. Excluindo-se alimentos e energia, a inflação para o bloco de países do grupo foi de 5,9%.

Inflação vai dar trégua?

Para tentar frear a inflação, os países têm acelerado e intensificado a alta das taxas básicas de juros.

No Brasil, a expectativa do mercado financeiro, em pesquisa realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 bancos,

O resultado da inflação oficial de abril será divulgado pelo IBGE no dia 11. Puxada pela alta dos combustíveis, a prévia da inflação registrou a maior alta para o mês desde 1995, com a taxa no acumulado em 12 meses chegando a 12%.

Reportagem do g1 mostrou que a inflação além de mais elevada, também está mais espalhada, afetando 8 em cada 10 itens pesquisados pelo IBGE. O índice de difusão saltou para 78,7%, maior patamar já registrado para meses de abril e maior nível desde fevereiro de 2003, o que indica que a inflação deve continuar pressionada pelos próximos meses.

projeção atual do mercado financeiro é de uma inflação de 7,89% em 2022. No entanto, desde o ano passado, os analistas já preveem que o IPCA fechará pelo 2º ano seguido acima do teto da meta do governo, que tinha sido fixada em 3,5% para 2022.

Fonte: G1