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Governo Tarcísio diz que vai desconsiderar lições de alunos que hackearam plataformas

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) comunicou as escolas estaduais de São Paulo que vai desconsiderar os registros de atividades de alunos que hackearam as plataformas de ensino.
Em um documento enviado aos professores, a Secretaria de Educação, comandada por Renato feder, disse que burlar as plataformas não revela uma “esperteza” dos alunos, mas sim um “crime”.
No início de setembro, a Folha de S.Paulo mostrou que estudantes da rede estadual paulista estavam compartilhando “scripts” para burlar as plataformas de ensino exigidas pelo governo Tarcísio. Um dos grupos no Discord tinha mais de 200 mil usuários.
Esses scripts são usados para que as tarefas sejam feitas automaticamente.
Questionada, a Secretaria de Educação não informou quantos alunos teriam burlado as plataformas. Também não informou como identificou os que teriam feito as lições por scripts.
Em um comunicado enviado às escolas, a secretaria disse apenas que “após análises técnicas e pedagógicas, identificou interações incompatíveis por parte de alguns alunos nas plataformas educacionais da rede.”
A pasta disse que as situações ocorreram de forma “individualizada” e que os registros obtidos de forma irregular seriam desconsiderados do sistema de monitoramento pedagógico.
A secretaria também distribuiu uma “Cartilha de Letramento Digital para Professores” na qual explica que “scripts e sites para automatizar respostas não são truques inocentes” e, por isso, os docentes não podem “incentivar ou ser coniventes” com o seu uso.
“Essas condutas configuram crime e violam a legislação brasileira, expondo os jovens e a escola à responsabilização administrativa, civil e, quando cabível, penal”, diz a cartilha.
O documento também afirma que o hackeamento “contamina as evidências de aprendizagem”.
“Não é esperteza. É risco real e é crime”, diz o texto.
Na cartilha, o governo orienta que os professores devem ficar atentos a alguns sinais que podem indicar o hackeamento. Os sinais apontados são:

Fonte: FolhaPress

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