Data Mercantil

Relatório do TCU aponta que 37% das obras públicas federais estão paralisadas

Levantamento será entregue na tarde desta quarta-feira para o gabinete de transição e aponta 14.000 contratos paralisados que somam mais de R$ 144 bilhões

No relatório que será entregue à equipe de transição governamental, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que cerca de 37% das obras federais, que deveriam estar em andamento, estão paralisadas.

O levantamento, ao qual a reportagem teve acesso, faz parte da primeira edição da “Lista de Alto Risco (LAR) na administração pública federal” e será entregue nas mãos do coordenador geral do grupo, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

O relatório da instituição aponta que as principais causas das paralisações foram a deficiência de projeto, insuficiência de recursos financeiros, e baixa capacidade institucional de ente subnacional, governos estaduais ou municipais, para conduzir os empreendimentos.

Ainda segundo o documento, as obras paralisadas são referentes a 14.000 contratos de um total de 38.000, e juntos somam R$144 bilhões em obras paralisadas, entre os investimentos previstos de R$ 725 bilhões. O órgão citou também como causa dessas interrupções uma insuficiência no diálogo entre poderes Executivo e Legislativo, no processo de alocação orçamentária, para garantir os recursos necessários para finalizar obras iniciadas.

No relatório, também consta a informação de que houve desperdício de dinheiro público no pagamento do Auxílio Brasil, conforme revelou nesta terça-feira (15) a analista de política da CNN Thais Arbex.

Já durante as primeiras coletivas após o resultado das eleições, a cúpula da equipe de transição explicitou a intenção de aumentar os investimentos em obras públicas no Brasil. No último dia 8, Alckmin solicitou, oficialmente, ao TCU cópia de relatórios, tomadas de contas, auditoria, inspeção, levantamento, monitoramento e outros documentos que podem ser importantes para o andamento dos trabalhos das áreas temáticas do grupo.

Fonte: CNN

Sair da versão mobile