Data Mercantil

XP tem lucro recorde de R$ 1,3 bi no 2º tri, mas perde em captação

XP Inc reportou nesta segunda-feira lucro líquido de R$1,32 bilhão no segundo trimestre, alta de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, um resultado recorde, com melhora na receita do varejo e rentabilidade.

Estimativas compiladas pela LSEG apontavam lucro de R$1,26 bilhão para a companhia, um dos principais provedores de produtos e serviços financeiros no Brasil.

No segundo trimestre, contudo, a XP registrou uma captação líquida total de apenas R$10 bilhões, bem menor do que os R$32 bilhões no mesmo período de 2024 e dos R$24 bilhões nos primeiros três meses do ano.

Apenas no varejo, a captação líquida somou R$16 bilhões, 21% menor contra o trimestre anterior e 34% menor contra o mesmo período do ano anterior.

O período também apurou expansão de 10% ano a ano e no trimestre nas despesas administrativas e gerais, para R$1,56 bilhão.

Ainda assim, os ativos totais de clientes aumentaram para R$1,372 trilhão — +14% ano a ano e +3% na base trimestral. Quando incluídos os ativos sob gestão, a cifra alcança R$1,9 trilhão, elevação de 17% ano a ano.

VAREJO PUXA RECEITA

A receita bruta somou R$4,7 bilhões, alta de 4% ano a ano, puxada pelo varejo (+9%), com a renda fixa mais uma vez como destaque nessa comparação, com expansão de 20%, a R$988 milhões, enquanto renda variável teve queda de 8%, a R$1,03 bilhão.

Na base trimestral, porém, a renda variável — que voltou a responder pelo maior montante — cresceu 7%, enquanto renda fixa encolheu 3%.

De acordo com a XP, a receita no segmento institucional ficou estável no trimestre e cedeu 1% ano a ano, a R$343 milhões, enquanto a de grandes empresas e mercados de capitais mostrou recuo de 13% em 12 meses e de 3% no trimestre.

A receita líquida cresceu 6%, para R$4,46 bilhões, com destaque para expansão no segmento de varejo.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) ficou em 24,4%, de 22,1% um ano antes, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido tangível (que exclui intangíveis e ágio) anualizado (ROTE) passou de 27,2% para 30,1% ano a ano.

A XP afirma que o ROTE permite uma comparação mais assertiva com outros concorrentes.

A XP encerrou junho com 4,72 milhões de clientes ativos, acréscimo de 1% em relação ao final de março e de 2% ante o mesmo período do ano passado. O número de assessores ficou quase estável em 18,2 mil, de 18,3 mil um ano antes e 18,1 mil no primeiro trimestre.

Fonte: Reuters

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