Data Mercantil

Como fica o IOF para compra de dólar, empréstimos e VGBL após decisão de Moraes

Com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminar que retoma a vigência da maior parte do decreto presidencial que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alíquotas para operações de câmbio, empréstimo e previdência privada mudam mais uma vez.

Relator do processo aberto pelo governo após o Congresso Nacional derrubar a elevação das alíquotas, Moraes determinou que continue suspenso apenas o trecho que aumentou o IOF sobre o chamado risco sacado, operação de antecipação de recebíveis por empresas.

Ainda segundo o despacho de Moraes, o retorno da eficácia da medida do governo terá efeito desde sua edição.

Entenda como ficou o IOF

Viagem ao exterior

Unificação do IOF sobre operações de câmbio em 3,5%. A nova alíquota incide sobre:

O decreto presidencial não tinha alterado as seguintes operações cambiais:

Até então o IOF cobrado de uma remessa para conta no exterior de mesma titularidade ou compra de moeda estrangeira em espécie era de 1,1%. Para cartão de crédito, débito ou pré-pago, era de 3,38%.

Comprar dinheiro em espécie ou utilizar uma remessa para uma conta ao exterior custava mais barato do que outras opções em cartão. Agora, esta vantagem desapareceu. Quem estava acostumado a sempre utilizar os meios mais baratos, passará a ter um gasto maior com impostos.

Crédito para empresas

A tomada de crédito por qualquer pessoa jurídica, incluindo para MEIs (Microempreeendedor Individual), passa a pagar mais imposto.

O teto de IOF de operações de crédito por empresas passa de 1,88% ao ano para 3,95% ao ano. No caso de empresas do Simples, a cobrança passa de 0,88% ao ano para 1,95% ao ano. Veja detalhes:

Cooperativa tomadora de crédito

Crédito pessoa jurídica

Empresas Simples Nacional

VGBL

FDIC

Governo busca aumentar a arrecadação

Originalmente, o ganho de arrecadação com a medida seria de R$ 12 bilhões em 2025 e de R$31,2 bilhões em 2026, segundo a Fazenda.

Com a suspensão do trecho sobre risco sacado, esse ganho será reduzido em R$450 milhões em 2025 e R$3,5 bilhões em 2026, ou 11,4% do total previsto para o ano, informou a Fazenda.

Haddad afirmou que a pasta começará a trabalhar na perda de arrecadação na próxima semana, destacando que a peça orçamentária de 2026 ainda não está fechada e, portanto, há espaço para acomodar a arrecadação menor que anteriormente esperada.

Fonte: IstoéDinheiro

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