Data Mercantil

Índices de volatilidade e incerteza se espalharam pelo mundo, diz Galípolo

Brazil's Central Bank monetary policy director Gabriel Galipolo, Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva's nominee to the office head of Brazil's Central Bank, attends a meeting of the Economic Affairs Committee (CAE) of the Brazilian Federal Senate in Brasilia, Brazil October 8, 2024. REUTERS/Adriano Machado

Ao fazer uma alusão ao dia de pânico no mercado financeiro global desta segunda-feira (7), Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que os países desenvolvidos estão apresentando índices de volatilidade e incerteza parecidos com os brasileiros.
“Já dizia um dos pais da física quântica: fazer projeções sobre o futuro é especialmente difícil. No Brasil, esse é um ditado que valeria com alguma ênfase maior, mas o dia de hoje está mostrando que, talvez, não mais só no Brasil”, disse Galípolo na abertura da premiação do ranking Top 5 do Focus, na sede Banco Central em São Paulo.
“Todo mundo que estudou economia alguma vez na vida achou que os índices de volatilidade e incerteza do Brasil pudessem migrar para [o nível de] economias mais avançadas com o tempo, e ficar mais parecidos. Eu sempre achei que era porque nós iríamos nos aproximar do deles, não o caminho contrário. Hoje o tema de incerteza e volatilidade está mais espalhado no mundo”, completou o economista.
O VIX, índice que mede a volatilidade do S&P 500, principal índice acionário dos EUA, subia mais de 8% pela manhã, após o mercado acionário asiático registrar fortes quedas.
A aversão a risco vem após a administração de Donald Trump indicar que as pesadas tarifas dos EUA serão mantidas, apesar dos receios de que possam levar a uma recessão econômica global.
Os futuros dos índices de ações dos EUA caíram 3,5% em negociações voláteis, enquanto os futuros do Nasdaq caíram 4,4%. Esses contratos indicam como o mercado espera que os principais índices de ações como o S&P 500 ou o Nasdaq se comportem quando o pregão abrir. Neste caso, os investidores estavam apostando em quedas de 3,5% e 4,4%, respectivamente.
O mercado, portanto, antecipa mais perdas, em meio a um cenário instável, após já ter perdido quase US$ 6 trilhões em valor na semana anterior.
Segundo economistas, o efeito das tarifas tende a ser recessivo e inflacionário para os Estados Unidos, o que desperta cautela nos investidores, que desfazem suas posições em Bolsa de Valores.

Fonte: FolhaPress

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