Data Mercantil

Fazenda avalia que corte de juros nos EUA ajuda Brasil e abre espaço para Selic menor em 2025

Equipe econômica acredita que incertezas domésticas também foram debeladas e aposta em crescimento perto de 3% neste ano

O Ministério da Fazenda acredita que os cortes de juros nos Estados Unidos, daqui até o fim do ano, ajudarão a diminuir pressões sobre o real e a reverter — pelo menos parcialmente — a alta do dólar no Brasil ao longo dos últimos meses.

Para a equipe econômica, o Federal Reserve (Fed) deverá mesmo iniciar em setembro o ciclo de queda dos juros americanos, conforme sinalizou o presidente da instituição, Jerome Powell, na semana passada.

Auxiliares do ministro Fernando Haddad listam diversos fatores para a desvalorização recente do real — o dólar chegou a quase R$ 5,80 — e reconhecem que fatores domésticos tiveram peso preponderante.

Na avaliação da Fazenda, um a um, houve distensionamento desses fatores de pressão. O cenário foi melhorando e hoje a estimativa ainda informal da equipe econômica, sem ainda uma revisão oficial das projeções, é que o crescimento do PIB ficará mais perto de 3% — em vez dos 2,5% previstos formalmente.

Para consolidar esse novo cenário, os auxiliares de Haddad consideram que as seguintes mudanças estão ajudando:

A equipe econômica acredita que está mais distante o risco de uma recessão ou mesmo de desaceleração forte nos EUA, com potenciais impactos negativos sobre a demanda e os preços internacionais.

Assim, a avaliação é de que o Brasil pode receber uma “ajuda” também do novo ambiente externo, com reversão da alta recente do dólar. Isso resultaria em menos pressões para a inflação e um cenário mais provável de retomada de queda da Selic a partir de 2025.

Fonte: CNN

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