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BBA disse que saiu do encontro com alta administração confiante no foco da empresa nos principais motores de geração de valor
Após colocar a ação da rede joalherias Vivara (VIVA3) em revisão no ínicio de julho, o Itaú BBA decidiu retomar a cobertura do papel com uma classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e um preço-alvo de R$ 32, implicando um potencial de alta de 40% em relação ao preço de fechamento da última terça-feira (24) de R$ 22,82.
O ajuste de recomendação também veio depois de analistas do banco se reunirem com Presidente da Vivara, Nelson Kaufman, e o COO (Diretor de Operações), Ícaro Borrello, para entender o potencial impacto das mudanças na administração da empresa nos últimos meses.
Apesar de reconhecer os riscos inerentes de execução relacionados ao ajuste da estrutura corporativa, o BBA disse que saiu do encontro confiante no foco da empresa nos principais motores de geração de valor.
Segundo o relatório, a principal conclusão da interação é que o principal objetivo de curto prazo da Vivara é melhorar e capturar eficiência operacional, principalmente no negócio legado, o que pode resultar em um aumento interessante do retorno sobre o capital investido (ROIC) marginal, dado o capital investido adicional limitado necessário.
“O foco da administração em melhorar as capacidades internas da empresa significa que projetos estruturais – incluindo a aceleração da internacionalização para outros países da América Latina – não são uma prioridade no momento”, diz o documento.
Nesse contexto, a Vivara mapeou várias oportunidades de melhorias operacionais com base em três pilares principais.
O plano da empresa prevê um aumento natural na cobertura de estoque, que tem impacto no capital investido e pode impulsionar as vendas. O BBA acredita que ainda é muito cedo para avaliar o efeito dessa iniciativa na produtividade das lojas.
De acordo com estimativas, se a Vivara aumentar seus estoques em R$ 100 milhões, seria necessário um aumento de 2 pontos percentuais no delta anual de B&M SSS para ser neutro em termos de ROIC. A empresa iniciou esse processo em maio e já viu sinais encorajadores iniciais de aceleração de vendas, o que é um ponto-chave a ser acompanhado daqui para frente.
Em segundo lugar, eficiências em custos e despesas parece ser a oportunidade de melhoria operacional de curto prazo menos complexa, sugerindo que poderia começar a dar frutos nos próximos trimestres.
Segundo o BBA, a maioria das oportunidades para ganhos de eficiência estão nas despesas com pessoal (particularmente nas áreas corporativas), bem como em marketing e comissões. De acordo com as estimativas, essas iniciativas poderiam gerar R$ 50 milhões a R$ 70 milhões adicionais em Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual, o que não está totalmente refletido nas estimativas do banco.
Além disso, a agenda da companhia está focada principalmente em dois projetos: i) o plano de expansão (continuado) da Life no Brasil (previsão de 60 inaugurações de lojas para 2024 e 60 para 2025), bem como um aumento na verticalização da produção de produtos Life, de 80% atualmente para 100% no futuro próximo – com uma redução de 3 vezes nos custos de fábrica em comparação com produtos importados e aumento das eficiências fiscais.
Com isso, analistas antecipam um aumento nos ganhos fiscais no futuro, impulsionado por eficiências na cadeia de suprimentos e internalização de produtos Life e colares, o que representa um potencial de alta para os números.
Por fim, o banco espera uma melhoria no momento dos lucros no 2T24 e continua sendo uma das histórias de crescimento mais atraentes sob sua cobertura, com sólidas perspectivas de longo prazo.
Fonte: InfoMoney