Data Mercantil

Vivara: os dados que reforçam a ação como uma das top picks de varejo e consumo para 2024

Desempenho geral de vendas ficou em linha com as expectativas de analistas mas marca principal superou estimativas

A Vivara (VIVA3) divulgou sua prévia de vendas referente ao quarto trimestre de 2023, considerado o mais forte para o varejo. A companhia reportou R$ 1 bilhão em vendas, com avanço de 24% na comparação anual. Os destaques foram a marca Vivara, com vendas de R$ 639 milhões, crescimento de 13% em relação à 2022, e a Life, com vendas de R$ 184 milhões (77% acima do valor registrado no mesmo período do ano passado).

“Sólidos como esperado”, foi o resumo do JPMorgan para os números apresentados pela companhia. O banco espera que o mercado receba de forma positiva os números divulgados.

O desempenho das ações, contudo, ainda não tinha refletido o otimismo na manhã da quinta-feira, com queda ligeira de 0,23% às 11h03 (horário de Brasília), cotadas a R$ 34,49.

“No geral, as tendências de receita continuam robustas, provavelmente sendo o melhor desempenho entre os varejistas brasileiros listados, o que apoia nossa postura construtiva em relação ao ritmo acelerado de crescimento da empresa”, afirma o banco estrangeiro, que recomenda o nome como “overweight” (exposição superior à média, similar a compra).

A análise considera que a Vivara continua a se destacar nas tendências mais amplas observadas no setor do varejo de bens discricionários, mesmo os de luxo. A análise atualizou as estimativas para o nome, com elevação de preço-alvo para R$ 39,00 em dezembro de 2024, ante os R$ 34,00 anteriores.

O JPMorgan ressaltou que a bandeira principal, Vivara, figura como canal mais maduro da empresa e poderia ter desempenho ainda superior se as vendas online (contabilizadas separadamente) fosse consideradas para o canal.

A visão da XP foi similar e considerou os números fortes como em linha com as estimativas. Um dos principais pontos destacados para melhoria das margens brutas, no entendimento dos analistas do Research da XP, foi a forte temporada do Natal, que se destaca pelas “características de mix do evento”.

“Mantemos a Vivara como nossa top pick no setor, uma vez que a enxergamos como uma alternativa resiliente, como boa dinâmica de resultados e fortes perspectivas de crescimento”, afirma a equipe de análise de varejo chefiada por Danniela Eiger.

Para o Bradesco BBI, que considera a ação uma de suas “top picks” para 2024, o momentum de curto prazo deve seguir sustentando o bom momento dos papéis, que passaram por valorização de 73,43% nos últimos 12 meses.

“O destaque principal, na nossa opinião, foi a magnitude do crescimento das lojas Vivara e da categoria de joias, que vinham sugerindo uma desaceleração nos últimos trimestres e conseguiram acelerar o crescimento em cerca de 5-6pp sequencialmente no 4T23”, considera o Bradesco BBI.

A expectativa do banco é que o desempenho sólido de vendas continue sustentando o preço das ações da joalheira, o que justifica a manutenção de prêmio múltiplo em relação às outras ações do setor sob cobertura do banco.

O BBI reforça, ainda, que o nome tem potencial de crescimento robusto de receita, com cerca de 15% de taxa de crescimento anual (CAGR, na sigla em inglês) entre 2023 e 2026, com cerca de 13% de CAGR na área de vendas, e expansão de margens segura, por depender mais da composição que execução (com Life ganhando mais participação em relação à Vivara).

O banco reforça sua classificação de “outperform” (desempenho superior, equivalente a compra), com preço-alvo estabelecido em R$ 42,00 para o fim de 2024.

O BTG Pactual considera o nome como “compra”, com meta de preço de R$ 41,00 para fim de 2024. Na visão do banco, a companhia está “muito bem posicionada para avançar ainda mais” e é considerada uma das preferidas do setor, junto a Arezzo (ARZZ3).

“Embora não possamos ignorar os riscos de canibalização na expansão da Vivara, os retornos mais baixos nas novas lojas da bandeira Vivara (vs. suas lojas antigas) e a natureza consensual da tese, a combinação de expansão consistente de receita (CAGR de 14% em 4 anos, com 11% de expansão da área de vendas), margens saudáveis e retornos crescentes, levando a um CAGR de lucro por ação de 17% em 4 anos, todos nos deixam otimistas quanto à tese”, afirma o BTG.

Para a Guide, embora os resultados tenham se apresentado com forte crescimento, os dados vieram em linha com as estimativas, portanto, o anúncio foi considerado neutro.

Fonte: InfoMoney

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