Presidente russo confirmou informação a soldados após cerimônia de premiação no Kremlin; líder pode ficar no cargo pelo menos até 2030
Vladimir Putin diz que vai concorrer novamente à presidência nas eleições da Rússia em março de 2024, em um movimento que pode deixá-lo no poder até pelo menos 2030.
Putin fez o anúncio nesta sexta-feira (08) após uma cerimônia no Kremlin, a residência oficial do presidente russo e sede do governo.
Putin vai concorrer ao seu quinto mandato presidencial nas eleições, marcadas para 17 de março de 2024, para solidificar seu domínio contínuo no poder como chefe de Estado ou primeiro-ministro por mais de duas décadas.
As próximas eleições também marcarão a primeira vez que os residentes das regiões ucranianas ocupadas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson, anexadas pela Rússia durante a guerra, participarão das eleições presidenciais.
A comunidade internacional anteriormente condenou eleições locais nessas regiões, organizadas por funcionários apoiados pela Rússia, classificando o pleito como “farsa”.
O Kremlin ainda não divulgou uma declaração oficial sobre a candidatura de Putin.
Putin tornou-se primeiro-ministro interino da Rússia em agosto de 1999, antes de ser inesperadamente entregue à presidência pelo então presidente Boris Yeltsin na véspera de Ano Novo daquele ano.
Ele serviu dois mandatos de quatro anos como presidente antes de se afastar em 2008, já que não foi constitucionalmente autorizado a concorrer a outro mandato presidencial. Ele apoiou Dmitry Medvedev, que o substituiu como presidente, enquanto Putin assumiu o papel de primeiro-ministro pela segunda vez.
Mas ele recuperou a presidência em 2012 e não renunciou ao poder desde então. Depois de ganhar a reeleição em 2018, Putin assinou uma lei em 2021 que abriu o caminho para que ele concorresse a mais dois mandatos de seis anos.
As mudanças na lei significam que Putin, de 71 anos, poderia potencialmente estender seu governo até 2036, época em que ele estará em meados dos anos 80 e seu governo estará em sua terceira década.
Fonte: CNN