Data Mercantil

Graal investe em recarga elétrica rápida, de olho no avanço das montadoras chinesas

Grupo investe em recarga rápida para carros elétricos em sua rede de postos, antevendo popularização da categoria com BYD e GWM

Depois de instalar alguns pontos de recarga elétrica em seus postos, o grupo Graal resolveu aumentar a aposta. Não que os pilotos, feitos nos últimos anos com CPFL e EDP, tenham trazido movimento ou receita – foram poucos e em trechos onde circula frota de luxo, como o ponto de abastecimento de Porsche no caminho de Campos do Jordão ou das praias do litoral norte paulista. Mas o grupo está de olho é na expansão da frota de híbridos e elétricos com o avanço de montadoras como as chinesas BYD e GWM no país.

O Graal está investindo cerca de R$ 17,5 milhões, de capital próprio, para colocar duas estações de abastecimento elétrico em 37 de seus 50 postos de combustível. É um dos maiores pedidos dos postos de carregamento com tecnologia da WEG e da AABB até agora, que prometem um abastecimento em menos de meia hora – o que os antecessores faziam em quatro horas.

“Temos carregamento elétrico em alguns postos desde 2015, mas o carro elétrico ainda era promessa e a tecnologia foi evoluindo. O problema principal era a durabilidade de bateria e o tempo de carregamento, que durava horas”, diz Helio Athia Júnior, diretor de marketing do Graal, ao Pipeline. “Hoje o mercado dispõe de bateria de carga ultrarrápida, que permite a quem chega ao posto com 20% de bateria sair com o carro carregado em 20 minutos de parada, o tempo de tomar um café e ir ao banheiro”.

É uma aposta no futuro, diz Athia Jr. O fluxo de abastecimento elétrico nesses anos de experiência foi irrelevante, segundo o executivo, e com a frota atual de híbridos e elétricos no Brasil também não será grande coisa no curto prazo.

“A frota de híbridos hoje é de 200 mil veículos no país e os totalmente elétricos devem chegar a 30 mil neste fim de ano. Nem todos estão na estrada e nem todos escolhem o elétrico na hora de viajar, então é um número bem pequeno ainda”, pondera Athia, diante do fluxo mensal de seis milhões de veículos na rede de postos do Graal, que consomem 80 milhões de litros de combustível.

Fonte: Valor Pipeline

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