![](http://datamercantil.com.br/wp-content/uploads/2023/12/graal.jpg)
Grupo investe em recarga rápida para carros elétricos em sua rede de postos, antevendo popularização da categoria com BYD e GWM
Depois de instalar alguns pontos de recarga elétrica em seus postos, o grupo Graal resolveu aumentar a aposta. Não que os pilotos, feitos nos últimos anos com CPFL e EDP, tenham trazido movimento ou receita – foram poucos e em trechos onde circula frota de luxo, como o ponto de abastecimento de Porsche no caminho de Campos do Jordão ou das praias do litoral norte paulista. Mas o grupo está de olho é na expansão da frota de híbridos e elétricos com o avanço de montadoras como as chinesas BYD e GWM no país.
O Graal está investindo cerca de R$ 17,5 milhões, de capital próprio, para colocar duas estações de abastecimento elétrico em 37 de seus 50 postos de combustível. É um dos maiores pedidos dos postos de carregamento com tecnologia da WEG e da AABB até agora, que prometem um abastecimento em menos de meia hora – o que os antecessores faziam em quatro horas.
“Temos carregamento elétrico em alguns postos desde 2015, mas o carro elétrico ainda era promessa e a tecnologia foi evoluindo. O problema principal era a durabilidade de bateria e o tempo de carregamento, que durava horas”, diz Helio Athia Júnior, diretor de marketing do Graal, ao Pipeline. “Hoje o mercado dispõe de bateria de carga ultrarrápida, que permite a quem chega ao posto com 20% de bateria sair com o carro carregado em 20 minutos de parada, o tempo de tomar um café e ir ao banheiro”.
É uma aposta no futuro, diz Athia Jr. O fluxo de abastecimento elétrico nesses anos de experiência foi irrelevante, segundo o executivo, e com a frota atual de híbridos e elétricos no Brasil também não será grande coisa no curto prazo.
“A frota de híbridos hoje é de 200 mil veículos no país e os totalmente elétricos devem chegar a 30 mil neste fim de ano. Nem todos estão na estrada e nem todos escolhem o elétrico na hora de viajar, então é um número bem pequeno ainda”, pondera Athia, diante do fluxo mensal de seis milhões de veículos na rede de postos do Graal, que consomem 80 milhões de litros de combustível.
Fonte: Valor Pipeline