Data Mercantil

Flash vira instituição de pagamento e projeta economia de custos

A Flash, uma startup que entrou no mercado com um cartão de benefícios flexíveis para trabalhadores e posteriormente expandiu sua atuação para incluir a gestão de despesas corporativas, acaba de obter a autorização do Banco Central para operar como uma instituição de pagamento. Esta conquista a torna a primeira empresa de benefícios flexíveis a receber esse selo.

De acordo com o CEO e cofundador da empresa, Ricardo Salem, essa nova licença representa a perspectiva de economia de custos significativa, estimada em “dezenas de milhões de reais” anualmente. Isso se deve à capacidade da Flash de eliminar fornecedores que atualmente atuam como intermediários em diversas operações financeiras, como Pix e boletos, abrindo caminho para o desenvolvimento de soluções financeiras mais ágeis. Salem afirma: “Vamos simplificar nossas operações, reduzindo a necessidade de intermediários e aumentando nossa eficiência.”

No entanto, a implementação das mudanças na empresa não ocorrerá de forma imediata, pois a Flash planeja uma abordagem gradual para introduzir os produtos que deseja operar internamente. “Ainda estamos avaliando quais funções serão internalizadas e quais permanecerão terceirizadas”, diz o executivo.

O processo para se tornar uma instituição de pagamento foi iniciado formalmente em novembro do ano anterior, quando a Flash foi obrigada a tomar essa medida após atingir o limite de R$ 300 milhões em transações nos últimos 12 meses, atingido em agosto. Somente este ano, a Flash já realizou transações no valor de mais de R$ 8 bilhões, atendendo um total de 21 mil empresas.

Atualmente, a maior parte dos serviços financeiros oferecidos pela Flash, como pagamento de boletos, Pix e crédito consignado, depende da atuação de terceiros que atuam como intermediários. A única operação que a empresa executa internamente é a autorização de pagamentos no cartão de crédito, enquanto o processamento é realizado por outra empresa.

Salem mencionou que a Flash já estudou a possibilidade de se tornar uma sociedade de crédito direto, o que lhe permitiria originar empréstimos, tornando-a mais semelhante a um banco. No entanto, ele destacou que essa não é a prioridade atual da empresa. Ele explicou: “Se optássemos por nos tornar uma sociedade de crédito direto, isso seria com o objetivo de internalizar operações como o crédito consignado, mas no momento temos outras prioridades.”

Fonte: Pipeline Valor

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