“A frente de resistência pode se defender”, disse um representante da missão iraniana na ONU em Nova York
Um representante da missão do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York disse à agência Reuters que o país não se envolverá na guerra de Israel desde que o “apartheid israelense não se atreva a atacar” o território iraniano.
“As Forças Armadas do Irã não se envolverão, desde que o ‘apartheid israelense’ não se atreva a atacar o Irã, os seus interesses e os nacionais. A frente de resistência pode se defender”, disse o representante iraniano à agência de notícias.
O apartheid foi um regime de discriminação racial que existiu na África do Sul entre 1948 e 1994.
Esta não foi a primeira vez desde o início da guerra de Israel que o Irã fez ameaças aos israelenses. Na sexta-feira (13), o ministro de Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que “novas frentes de conflito poderão ser abertas se Israel continuar os seus “crimes de guerra e cerco humanitário a Gaza”.
“Naturalmente, com a continuação dos crimes de guerra israelenses e o cerco humanitário a Gaza e à Palestina, qualquer decisão e possibilidade por parte de outros membros do movimento de resistência é provável”, disse Amir-Abdollahian.
O “movimento de resistência” refere-se a grupos que se opõem ao Estado de Israel, o que inclui o Hamas, o Hezbollah e grupos armados na Síria, no Iraque e no Iêmen.
Apoiado pelo Irã, o Hezbollah tem agido com cautela desde que Hamas e Israel entraram em guerra. O grupo libanês mantém as tropas israelenses ocupadas com ataques na fronteira do Líbano, mas sem abrir uma grande frente de batalha, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
Segundo fontes locais, o Hezbollah está se preparando para a guerra, mobilizando forças especiais e armando seus foguetes para a possibilidade de um confronto. As tensões estão mais altas do que em qualquer outro momento desde o conflito de 2006 com Israel, disseram as fontes. Três combatentes do Hezbollah já foram mortos.
Fonte: CNN