Data Mercantil

Reforma administrativa não visa controlar gastos, mas elevar produtividade do Estado, diz ex-secretário do Tesouro

Na entrevista à CNN, Bruno Funchal, CEO do Bradesco Asset Management, destacou que a reforma administrativa não visa apenas controlar despesas, mas principalmente aumentar a eficiência do setor público. Ele salientou que esta reforma é a segunda mais importante para o Brasil, logo após a tributária, e não se trata apenas de um mecanismo para equilibrar as contas públicas no curto prazo. A prioridade está em elevar a produtividade dos servidores públicos, reconhecendo o valor do trabalho com base no que eles produzem.

Funchal também mencionou sua experiência como secretário do Tesouro durante o governo de Jair Bolsonaro e sua participação na gestação da PEC 32 no Ministério da Economia sob o comando de Paulo Guedes.

No que diz respeito ao PLOA de 2024, ele ressaltou a necessidade de o governo combinar o aumento da arrecadação com contingenciamentos para zerar o déficit primário, enquanto também considera o impacto da recente aprovação da desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso como um desafio adicional para a equipe econômica.

Sobre a desoneração da folha de pagamentos, Funchal concordou com o ministro Haddad de que essa medida deve ser debatida de forma estrutural, pois possui um impacto significativo nas finanças públicas e contraria o objetivo de reduzir benefícios tributários.

Quanto à reforma administrativa, ele enfatizou sua importância, não apenas para o controle das contas públicas, mas também para melhorar a produtividade do setor público, destacando a necessidade de valorizar os servidores públicos com base em seu desempenho.

Sobre as projeções de crescimento econômico, Funchal observou que o mercado tem errado sistematicamente nas projeções nos últimos anos, atribuindo isso às reformas implementadas desde 2016, que contribuíram para o aumento da produtividade.

Finalmente, ele avaliou positivamente o início da agenda econômica do governo Lula 3, destacando as ações tomadas, como o arcabouço fiscal, a reforma tributária e a política monetária, que estão contribuindo para a estabilidade econômica.

Fonte: CNN Brasil

Sair da versão mobile