Data Mercantil

A empresa dele ficou 18 meses com ‘receita zero’. Agora, vai movimentar R$ 1 bilhão com ingressos

Plataforma de venda de tíquetes já processou 30 milhões de ingressos para 50 mil shows

Poucos setores econômicos sofreram tanto com a pandemia quanto a indústria de eventos. Com shows e festas cancelados por quase dois anos consecutivos, a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) estima que as empresas desse ramo deixaram de faturar pelo menos R$ 230 bilhões entre 2020 e 2021.

Um exemplo notável é a Bilheteria Digital, uma empresa que fornece tecnologia e uma plataforma de venda de ingressos. O CEO Guilherme Feldman descreveu um período de 18 meses sem receita, mas agora, pouco mais de um ano após a pandemia, a empresa está vivenciando um momento excepcional, com um volume de transações próximo a R$ 1 bilhão.

Feldman mencionou a atmosfera otimista do mercado: “Estamos em um momento muito positivo, com um mercado bastante aquecido.” Se a previsão de alcançar a marca de R$ 1 bilhão se confirmar, a Bilheteria Digital terá dobrado seu tamanho em relação a 2022, quando movimentou R$ 500 milhões. Essa expansão se baseia em novos contratos e no crescimento geral do setor.

O executivo ressaltou como os clientes existentes estão impulsionando as vendas, além do esforço em trabalhar com produtores menores com potencial de crescimento. A estratégia que a Bilheteria Digital adotou para sobreviver à crise da pandemia envolveu manter a equipe, aproveitar programas de apoio do governo, renegociar dívidas e receber aportes dos sócios.

Mantendo os empregos durante a pandemia, a empresa emergiu bem posicionada para atender à crescente demanda. Feldman destacou que eles dobraram de tamanho em 2022 em relação a 2019. A Bilheteria Digital é conhecida por auxiliar produtores de eventos na venda de ingressos, fornecendo tecnologia, infraestrutura e suporte técnico, além de equipamentos e softwares para o processamento das entradas.

A empresa opera em diversos tipos de eventos, como shows, palestras, jogos de futebol e workshops, com presença nacional e vários escritórios pelo país. Clientes notáveis incluem projetos como a turnê Tardezinha, que vendeu mais de 1.000 ingressos por minuto, e eventos como Universo Parallelo e o Festival de Parintins.

Fundada em 2009 em Brasília, a Bilheteria Digital passou por um período de crescimento substancial e, apesar das dificuldades, manteve sua posição no mercado. A meta para 2023 é alcançar a movimentação de cerca de R$ 1 bilhão na plataforma, superando as expectativas iniciais. Com sua trajetória marcada por desafios superados, a empresa está mais perto do que nunca desse marco, somando-se aos milhões de ingressos emitidos e eventos realizados ao longo do tempo.

Fonte: Exame

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