Data Mercantil

Já negociamos com 90% dos fornecedores, diz CEO da Marisa após pedido de falência por credores

Em meio ao processo de reestruturação do negócio, a varejista já foi alvo de três pedidos de fornecedores na Justiça

A Marisa (AMAR3), varejista de moda, está passando por uma reestruturação de suas dívidas e enxugamento da operação, enquanto enfrenta pelo menos três pedidos de falência solicitados por credores em maio. O mais recente pedido vem da MGM Comércio de Acessório de Modas, que alega uma dívida de R$ 363,5 mil. Outros dois pedidos são da fabricante de calçados One Flip e da Plasútil, de utensílios plásticos.

O CEO da empresa, João Nogueira Batista, afirmou em entrevista à EXAME Invest que a empresa ainda não foi citada, mas que todos os casos envolvem dívidas de pequeno valor e que a empresa tem buscado negociações. Ele também afirmou que a empresa já negociou com quase 90% dos fornecedores.

A empresa respondeu a dois ofícios da Comissão de Valores Mobiliários, informando que não foi citada pelos processos da Plasútil, no valor de R$ 173,5 mil, e da MGM, de R$ 363,5 mil. A reportagem não teve acesso à ação da One Flip. Todas as ações estão no Tribunal de Justiça de São Paulo.

No final de 2022, a empresa encerrou o ano com uma dívida bruta 8,4% maior, chegando a R$ 874,6 milhões, e uma dívida líquida de R$ 560 milhões, um aumento de 12,4% em relação ao ano anterior. Os números do primeiro trimestre serão apresentados na próxima segunda-feira, 15, após o fechamento do mercado.

O plano atual da empresa é fechar 90 lojas deficitárias em um período de cerca de três meses, com a previsão de conclusão até meados de junho. Na quinta-feira, o CEO estava voltando do Ceará, onde fechou uma loja e conversou com funcionários de outra para discutir melhorias necessárias para a manutenção do ponto comercial.

A empresa estima que o fechamento das 90 lojas custará R$ 50 milhões, mas gerará um caixa positivo de R$ 70 milhões por ano já em 2024. A redução proporcional das despesas de vendas, gerais e administrativas também deverá viabilizar uma geração extra de caixa da ordem de R$ 30 milhões/ano. O CEO tem feito visitas recorrentes às lojas desde que assumiu o comando da Marisa em fevereiro.

Fonte: Exame

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